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Brasil brilha, EUA surpreende e russa bate recorde no Mundial

25/08/2003 11h29

Agência Efe
Em Anaheim (EUA)

O Brasil fez história no Mundial de ginástica artística depois que Daiane dos Santos ganhou pela primeira vez em 100 anos da competição o título mundial no solo.

A equipe brasileira mostrou nesse Mundial que continua evoluindo e que será uma das grandes força no futuro ao chegar na final por equipes e ficar na oitava posição. A consagração do Brasil veio com a medalha de ouro de Daiane.

Mas não foi só o Brasil que brilhou nesse Mundial. A ginasta russa Svetlana Khorkina passou para a história da ginástica artística ao ser tornar a única ginasta, tanto na categoria masculina como na feminina, a conquistar três títulos mundiais consecutivos.

Khorkina, de 24 anos, tem um físico diferente das demais ginastas: seus 1,64 cm não impedem que domine os quatro aparelhos com uma elegância que só as russas sabiam exercer até pouco tempo.

Ela é, talvez, a última rainha da ginástica da Rússia, que neste Mundial deixou de dominar e abriu passagem para o surgimento de novas potências, como a China e os Estados Unidos, que ganharam sete medalhas cada uma.

A grande surpresa em Anaheim foi o fenomenal papel exercido pela ginástica dos Estados Unidos, que liderou o quadro de medalhas com cinco ouros e duas pratas. Na categoria masculina, ficaram em segundo lugar por equipes e Paul Hamm ganhou dois ouros, no individual geral e no solo. Já a equipe feminina conseguiu o ouro por equipes, o ouro nas barras assimétricas e a prata no individual geral (Patterson).

A China demonstrou mais uma vez que é uma das grandes potências na ginástica artística, igualando o feito dos norte-americanos (que competiam em casa) com sete medalhas, cinco delas de ouro, uma de prata e uma de bronze, ficando em segundo lugar no quadro de medalhas.

Apesar de não se classificar para os Jogos de Atenas, Cuba esteve presente em duas das finais masculinas. Eric López Ríos, o ginasta cubano mais premiado da história dos Jogos Pan-Americanos, com 18 ouros, conseguiu o quinto lugar no final individual geral e a sétima posição na final das barras paralelas. Seu compatriota, Abel Driggs Santos, ficou a um décimo de obter a medalha na final do salto.

A grande decepção do Mundial foi a equipe masculina da Bielorrússia, que não só não pôde defender o título conseguido há dois anos, em Debrecen, ao terminar em décimo terceiro, mas também não se classificou para os Jogos Olímpicos de Atenas.

As equipes que conseguiram em Anaheim vaga para Atenas-2004 foram: Estados Unidos, Japão, China, Romênia, Coréia do Sul,
Rússia, Ucrânia, França, Canadá, Espanha, Itália e Alemanha (masculino); China, Romênia, Estados Unidos, Ucrânia, Rússia,
Espanha, Austrália, Brasil, Grã-Bretanha, França, Canadá e Coréia do Norte (feminino).