Daniele Hypólito é posta em xeque pela Confederação Brasileira
Por Cristiano Cipriano Pombo
Agência Folha
Em São Paulo
Ao mesmo tempo que assiste ao irmão Diego, 17, alcançar feitos e reeditar resultados históricos no Mundial, Daniele Hypólito, 18, estrela da seleção feminina, evidencia uma má fase que vai além dos aparelhos da ginástica e que a deixará em xeque nos próximos dias.
Isso porque a Confederação Brasileira de Ginástica já decidiu: após o Mundial, se reunirá com a atleta e anunciará que ela estará liberada da seleção permanente que treina em Curitiba.
A decisão foi revelada à Folha de S.Paulo por Vicélia Florenzano, presidente da CBG, e surpreende pelo fato de a intenção de manter a toda a equipe em Curitiba ser uma das bandeiras da entidade.
Segundo a dirigente, os resultados no Mundial de Anaheim, quando a ginasta, contundida, não foi bem e até abandonou a final do individual geral, não foram a gota d'água, e sim consequência do comportamento da atleta no período de treinos na sede da CBG, que começaram em janeiro.
Os problemas vão de crises de choro, febre e gripe constantes, passam pelas más atuações no Brasileiro e no Mundial e culminam em algo maior: a relação de Daniele Hypólito com Georgette Vidor, sua técnica e principal opositora da CBG, que, antes do Pan, disse ter dúvidas quanto aos resultados da ginasta e da seleção.
"A Dani está dividida. Quando vai competir, se a Georgette está no local, como aqui, ela fica procurando a técnica na arquibancada. Sente uma pressão. Por um lado, ela gosta da gente. Por outro, mantém um carinho pela Georgette, que vive criticando a seleção e a CBG", afirma Vicélia.
A dirigente diz que a medida da CBG busca impedir ainda mais a queda de rendimento da atleta, que detém o melhor resultado do país em Olimpíada (20º lugar) e obteve os primeiros pódios em Mundiais e na Copa do Mundo.
"Propusemos a ela que não fosse ao Pan, pois estava tensa. Mas tinha a história de ela exorcizar 99 [quando foi mal]. Porém, antes, houve épocas em que a levamos ao hospital quase todos os dias. Perguntei se queria dispensa, mas ela disse que não. Então, levamos a mãe para ficar um mês com ela em Curitiba", disse Vicélia.
Segundo ela, a palavra final, sobre continuar em Curitiba, será da atleta, ao contrário do que ocorreu em 2002, quando a CBG convocou as ginastas e ameaçou excluir as que não se apresentassem. "Não é justo que a Dani sofra pela questão da CBG com a Georgette", diz a dirigente, que não precisou a razão do racha com a técnica. "Foram vários fatores."
Daniele, por sua vez, prefere aguardar e não fala sobre as críticas de Georgette e as condutas da CBG. "Isso será resolvido entre Flamengo, CBG e Georgette."
A Folha de S.Paulo tentou contato com Georgette, mas não conseguiu localizá-la em Anaheim.
À parte dos problemas, Diego deixa Anaheim com o quarto lugar no solo (melhor resultado de um brasileiro em Pré-Olímpicos).
Agência Folha
Em São Paulo
Ao mesmo tempo que assiste ao irmão Diego, 17, alcançar feitos e reeditar resultados históricos no Mundial, Daniele Hypólito, 18, estrela da seleção feminina, evidencia uma má fase que vai além dos aparelhos da ginástica e que a deixará em xeque nos próximos dias.
Isso porque a Confederação Brasileira de Ginástica já decidiu: após o Mundial, se reunirá com a atleta e anunciará que ela estará liberada da seleção permanente que treina em Curitiba.
A decisão foi revelada à Folha de S.Paulo por Vicélia Florenzano, presidente da CBG, e surpreende pelo fato de a intenção de manter a toda a equipe em Curitiba ser uma das bandeiras da entidade.
Segundo a dirigente, os resultados no Mundial de Anaheim, quando a ginasta, contundida, não foi bem e até abandonou a final do individual geral, não foram a gota d'água, e sim consequência do comportamento da atleta no período de treinos na sede da CBG, que começaram em janeiro.
Os problemas vão de crises de choro, febre e gripe constantes, passam pelas más atuações no Brasileiro e no Mundial e culminam em algo maior: a relação de Daniele Hypólito com Georgette Vidor, sua técnica e principal opositora da CBG, que, antes do Pan, disse ter dúvidas quanto aos resultados da ginasta e da seleção.
"A Dani está dividida. Quando vai competir, se a Georgette está no local, como aqui, ela fica procurando a técnica na arquibancada. Sente uma pressão. Por um lado, ela gosta da gente. Por outro, mantém um carinho pela Georgette, que vive criticando a seleção e a CBG", afirma Vicélia.
A dirigente diz que a medida da CBG busca impedir ainda mais a queda de rendimento da atleta, que detém o melhor resultado do país em Olimpíada (20º lugar) e obteve os primeiros pódios em Mundiais e na Copa do Mundo.
"Propusemos a ela que não fosse ao Pan, pois estava tensa. Mas tinha a história de ela exorcizar 99 [quando foi mal]. Porém, antes, houve épocas em que a levamos ao hospital quase todos os dias. Perguntei se queria dispensa, mas ela disse que não. Então, levamos a mãe para ficar um mês com ela em Curitiba", disse Vicélia.
Segundo ela, a palavra final, sobre continuar em Curitiba, será da atleta, ao contrário do que ocorreu em 2002, quando a CBG convocou as ginastas e ameaçou excluir as que não se apresentassem. "Não é justo que a Dani sofra pela questão da CBG com a Georgette", diz a dirigente, que não precisou a razão do racha com a técnica. "Foram vários fatores."
Daniele, por sua vez, prefere aguardar e não fala sobre as críticas de Georgette e as condutas da CBG. "Isso será resolvido entre Flamengo, CBG e Georgette."
A Folha de S.Paulo tentou contato com Georgette, mas não conseguiu localizá-la em Anaheim.
À parte dos problemas, Diego deixa Anaheim com o quarto lugar no solo (melhor resultado de um brasileiro em Pré-Olímpicos).
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