GRD do Brasil arrisca vaga olímpica e verbas
Por Cristiano Cipriano Pombo
Agência Folha
Em São Paulo
Tudo ou nada. A partir desta quarta-feira, o Brasil inicia sua participação no Mundial de ginástica rítmica colocando em jogo a vaga olímpica, verbas do COI e a sequência do planejamento para 2004.
Além disso, em Budapeste, o país tenta quebrar dois jejuns: o de estar fora das disputas individuais dos Jogos Olímpicos há 12 anos e o de nunca ter conquistado a vaga do conjunto em Mundiais.
Para o primeiro desafio, estarão em ação nesta quarta e quinta-feira, no ginásio do Palácio dos Esportes, Tayanne Mantovaneli, Larissa Barata e Mônica Rizzo.
Elas competirão em meio a 131 ginastas de 49 países que participam das disputas no individual geral. E buscarão, ao final dos quatro aparelhos (arco, bola, maças e fita), uma colocação entre as 20 melhores, o que garante vaga nos Jogos de Atenas-2004.
Caso conquistem o passaporte para a Olimpíada na Grécia, Tayanne, Larissa e Mônica quebrarão um jejum que se arrasta desde Barcelona-92, quando Marta Schonharst obteve o 41º lugar entre as 43 participantes.
"A ginástica rítmica brasileira evoluiu muito. Não somos mais últimos colocados como há 15 anos. Mas é difícil competir com os países tradicionais", diz Eliane Martins, que dirige o comitê técnico de ginástica artística da Confederação Brasileira de Ginástica.
Em comum, as três, além da mesma idade (16 anos), evidenciam o fato de estrearem em Mundiais. Tayanne e Larissa defendem ainda na 26ª edição do torneio parte de seu sustento. Isso porque, sem a vaga, elas irão perder os US$ 500 mensais que recebem do COI por meio do programa Solidariedade Olímpica.
Das três, quem sofrerá mais será Tayanne, que ganhou a primeira medalha individual na modalidade para o país no Pan-03 -bronze nas maças. Ela recebe R$ 350 por mês da Lei Piva, enquanto Larissa tem patrocínio da Petrobras (R$ 12.500 mensais), e Mônica, da Politécnica (R$ 800 mensais).
Se a vaga oferece uma tarefa difícil, as brasileiras têm uma certeza: a de que irão superar as marcas do Pré-Olímpico-99, quando o país assistiu em Osaka à exibição de Alice Sirangelo (89º lugar), Elise Penedo (109º), Milena Nagamine (137º) e Gisela Batista (139º).
Segundo Vera Miranda, presidente do comitê técnico de ginástica rítmica da CBG, a expectativa é que o Brasil ocupe lugar entre as 30 mais bem qualificadas do Mundial, o que permite às atletas sonhar com a vaga -além das 20 primeiras, o COI escolherá outras quatro ginastas seguindo critérios que vão desde a posição no evento até a nacionalidade.
Já o conjunto, que obteve três medalhas de ouro no Pan-2003 e só compete na sexta-feira, tem ambição maior. Dirigido por Bárbara Laffranchi, o time formado por Dayane Camillo, Thalita Nakadomari, Ana Maria Maciel, Fernanda Cavalieri, Gabriela Andrioli e Natália Eidt tenta ficar entre os cinco primeiros -as oito melhores vão a Atenas. Dayane e Natália ainda defendem a verba do COI. "Posso dizer que todo um projeto estará em jogo", diz Bárbara.
Agência Folha
Em São Paulo
Tudo ou nada. A partir desta quarta-feira, o Brasil inicia sua participação no Mundial de ginástica rítmica colocando em jogo a vaga olímpica, verbas do COI e a sequência do planejamento para 2004.
Além disso, em Budapeste, o país tenta quebrar dois jejuns: o de estar fora das disputas individuais dos Jogos Olímpicos há 12 anos e o de nunca ter conquistado a vaga do conjunto em Mundiais.
Para o primeiro desafio, estarão em ação nesta quarta e quinta-feira, no ginásio do Palácio dos Esportes, Tayanne Mantovaneli, Larissa Barata e Mônica Rizzo.
Elas competirão em meio a 131 ginastas de 49 países que participam das disputas no individual geral. E buscarão, ao final dos quatro aparelhos (arco, bola, maças e fita), uma colocação entre as 20 melhores, o que garante vaga nos Jogos de Atenas-2004.
Caso conquistem o passaporte para a Olimpíada na Grécia, Tayanne, Larissa e Mônica quebrarão um jejum que se arrasta desde Barcelona-92, quando Marta Schonharst obteve o 41º lugar entre as 43 participantes.
"A ginástica rítmica brasileira evoluiu muito. Não somos mais últimos colocados como há 15 anos. Mas é difícil competir com os países tradicionais", diz Eliane Martins, que dirige o comitê técnico de ginástica artística da Confederação Brasileira de Ginástica.
Em comum, as três, além da mesma idade (16 anos), evidenciam o fato de estrearem em Mundiais. Tayanne e Larissa defendem ainda na 26ª edição do torneio parte de seu sustento. Isso porque, sem a vaga, elas irão perder os US$ 500 mensais que recebem do COI por meio do programa Solidariedade Olímpica.
Das três, quem sofrerá mais será Tayanne, que ganhou a primeira medalha individual na modalidade para o país no Pan-03 -bronze nas maças. Ela recebe R$ 350 por mês da Lei Piva, enquanto Larissa tem patrocínio da Petrobras (R$ 12.500 mensais), e Mônica, da Politécnica (R$ 800 mensais).
Se a vaga oferece uma tarefa difícil, as brasileiras têm uma certeza: a de que irão superar as marcas do Pré-Olímpico-99, quando o país assistiu em Osaka à exibição de Alice Sirangelo (89º lugar), Elise Penedo (109º), Milena Nagamine (137º) e Gisela Batista (139º).
Segundo Vera Miranda, presidente do comitê técnico de ginástica rítmica da CBG, a expectativa é que o Brasil ocupe lugar entre as 30 mais bem qualificadas do Mundial, o que permite às atletas sonhar com a vaga -além das 20 primeiras, o COI escolherá outras quatro ginastas seguindo critérios que vão desde a posição no evento até a nacionalidade.
Já o conjunto, que obteve três medalhas de ouro no Pan-2003 e só compete na sexta-feira, tem ambição maior. Dirigido por Bárbara Laffranchi, o time formado por Dayane Camillo, Thalita Nakadomari, Ana Maria Maciel, Fernanda Cavalieri, Gabriela Andrioli e Natália Eidt tenta ficar entre os cinco primeiros -as oito melhores vão a Atenas. Dayane e Natália ainda defendem a verba do COI. "Posso dizer que todo um projeto estará em jogo", diz Bárbara.
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