Russa "reconquista" título mundial de ginástica rítmica

Das agências internacionais
Em Budapeste (Hungria)

A ginasta russa Alina Kabaeva voltou a conquistar o título mundial de ginástica rítmica no Campeonato Mundial da categoria, neste sábado, em Budapeste, depois de perder o título por acusações de doping em mundiais anteriores.

A ucraniana Anna Bessonova, que também foi acusada de doping, ficou com o vice-campeonato apesar de ter garantido a melhor pontuação individual.

Irina Tchachina, da Rússia, que garantiu uma medalha há dois anos no Mundial, foi a terceira. Campeã, Kabaeva marcou 106.475 pontos, alcançando a liderança no primeiro dos quatro aparelhos do evento e manteve a posição durante toda a competição.

Bessonova fez 106.15 pontos. Ela liderou o qualifying, mas as trinta finalistas começaram a final do zero. Ela e Kabaeva "dividiram" medalhas de ouro nos quatro eventos individuais. A primeira venceu no arco nas maças e a segunda teve sucesso na fita e na bola.

Kabaeva fez o maior número de pontos na fita, 26.9. A participação da vice-campeã no arco foi superior, quando ela fez 27.150 pontos, o maior da competição. A performance da ucraniana combinou drama e beleza, e ela se apresentou como uma bailarina.

Entretanto, depois de ver que a pontução ainda a deixava em segundo, Bessonova chorou no ombro de seu técnico. Kabaeva, então, reconquistou o título. Ele venceu quatro de cinco eventos no Mundial de 2001, em Madri, mas teve que devolver as medalhas depois de ser flagrada no exame antidoping. Ela fez uso de um diurético.

A sua compatriota Tchachina, que venceu o quinto evento em 2001 e ficou em segundo nos outros, também foi flagrada no antidoping naquele ano. As duas foram banidas do esporte por um ano.

As ginastas e a Federação Russa apelaram para a decisão, mas a Corte de Arbitragem manteve a suspensão. Ela terminou oficialmente no dia 8 de abril.

Bessonova foi barrada das competições por dois meses no ano passado, quando foi reprovada por que a amostra de seu exame continha uma concentração alta de um estimulante.

Ironicamente, a ginasta que "se mexeu" para garantir três medalhas do campeonato mundial depois de Kabaeva e Tchachina terem perdido as suas, "testou" positivo para o mesmo tipo de droga quando retornou à Bulgária no começo desta semana.