Brasil aproveita ausência de estrelas para brilhar no Rio

Bruno Doro
Enviado especial do UOL
No Rio de Janeiro

O primeiro dia da etapa do Rio de Janeiro na Copa do Mundo terminou com os ginastas brasileiros roubando a cena. Em todas as provas, pelo menos um atleta verde-amarelo chegou à final. O resultado, melhor da história do país na competição, porém, só foi possível pela ausência de muitos líderes do ranking mundial.

No Rio, apenas três números 1 do mundo estão dando seus saltos: além de Daiane dos Santos (solo), disputam a Copa a uzbeque Oksana Chusovitina (salto) e o búlgaro Iordan Iovtchev (argola e solo).

"Mas isso não apaga os resultados que o Brasil conseguiu até aqui. O nível pode não ser o mesmo, mas os pontos são. Enquanto os Europeus estão por lá, nós estamos ganhando pontos e melhorando nosso ranking", lembrou Vicélia Florenzano, presidente da Confederação Brasileira de Ginástica.

Motivos que afastaram os melhores do mundo do Rio de Janeiro não faltam. O maior deles é a disputa do Campeonato Europeu, entre os dias 15 e 18, na Eslovênia. A proximidade das Olimpíadas também afastou os atletas, que já se preparam para a disputa em Atenas. "Além disso, tem também o fuso horário, o preço das passagens, a incerteza de como seria a organização por aqui", conta Vicélia.

Algumas federações nacionais também pediram para que o Brasil mudasse a data de sua etapa, adiando para o final do ano. Romenos, russos e norte-americanos estão entre os que pediram mudanças. A CBG, porém, manteve a programação, confirmando o esvaziamento.

"É claro que o nível não foi o mesmo, mas as medalhas vão valer a mesma coisa. E isso é o que importa", diz Luísa Parente, ex-ginasta que competiu nas Olimpíadas de Barcelona, em 1992.

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