Norte-americano é julgado por perseguir ginasta campeã olímpica

Começou nesta terça-feira o julgamento de Robert O’Ryan, homem acusado de perseguir a ginasta norte-americana Shawn Johnson. Segundo a promotoria da Califórnia, O’Ryan, de 36 anos, desejava casar-se com a medalhista olímpica, e dirigiu da Flórida a Los Angeles para conhecê-la.

O homem foi flagrado e preso no último mês de março perto dos estúdios da emissora ABC, onde a atleta participava do programa Dancing with the Stars, após ter pulado a cerca do local. Em seu carro foram encontradas uma pistola, uma escopeta, uma faca e um bastão, além de fita isolante, colete à prova de balas e fitas plásticas.

O’Ryan declarou-se inocente das acusações de perseguição, invasão de domicílio e porte ilegal de armas. Se condenado, por ser punido com dois a quatro anos de prisão. O réu alegou insanidade na última segunda-feira, e será enviado a um hospital psiquiátrico caso seja considerado incapaz de controlar seus atos.

Segundo a advogada Judith Greenberg, o acusado não era uma ameaça à Shawn Johnson, e que ele criou uma fascinação pela atleta devido a uma condição mental. Greenberg afirmou que seu cliente não desejava machucar a ginasta, e sim protegê-la.

“Ele veio porque as ilusões e as vozes disseram que Shawn Johnson estava em perigo, e que ele precisava protegê-la. Ele estava tão determinado a vir porque tinha certeza de que era real”, explicou a advograda.

Johnson conquistou a medalha de ouro da ginástica olímpica dos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008. Ela não esteve presente ao primeiro dia do julgamento, mas deve se apresentar à corte para testemunhar ainda nesta semana.