Daniele e Jade vão bem, mas equipe brasileira está praticamente fora da final
Após disputar a final por equipes nos três últimos Mundiais em que houve essa prova (2003, 2006 e 2007), o Brasil deve fora da decisão neste ano. Neste sábado, Daniele Hypolito e Jade Barbosa se destacaram, mas o desempenho mediano das outras ginastas pode ter comprometido a classificação final da seleção brasileira no Mundial de ginástica artística de Roterdã, Holanda.
AS BRASILEIRAS NO 1º DIA DO MUNDIAL DE ROTERDÃ
Trave: 13,933 | Solo: 14,100 | Assimétricas: 13,166 | Salto: 13,933 |
Trave: 12,933 | Solo: 13,633 | Assimétricas: 13,300 | Salto: 14,900 |
Trave: - | Solo: - | Assimétricas: 12,833 | Salto: - |
Trave: 12,300 | Solo: 12,300 | Assimétricas: 13,500 | Salto: 14,000 |
Trave: 12,866 | Solo: 13,300 | Assimétricas: - | Salto: 13,933 |
Trave: 13,500 | Solo: 13,300 | Assimétricas: 11,800 | Salto: 13,800 |
Encerradas as seis rotações deste sábado, o Brasil aparece na oitava colocação (217,130 pontos), atrás de Rússia, China, Romênia, Grã-Bretanha, Austrália, Itália e Japão. Essa posição, porém, não deverá se sustentar, já que os Estados Unidos, entre outras seleções fortes, competirão apenas amanhã. Com isso, o time verde-amarelo tem grandes chances de ficar fora da decisão, já que apenas os oito primeiros colocados se classificam.
Mesmo que fique fora da final, porém, a seleção deverá cumprir seu objetivo inicial, que era ficar entre as 24 primeiras equipes. Apenas essas poderão disputar o Mundial do ano que vem, no Japão, qualificatório para os Jogos Olímpicos de Londres-2012.
Os destaques do dia na seleção brasileira foram as veteranas Daniele Hypolito e Jade Barbosa, ausentes no Mundial do ano passado em Londres (quando foram disputadas apenas provas individuais). Mais regular da equipe, Daniele teve boa atuação no solo, com 14,100 pontos, e também se destacou no salto e na trave, tendo nas barras assimétricas sua pior performance.
Jade Barbosa, por sua vez, foi um dos destaques do dia no salto - não só do Brasil, mas entre todas as seleções. A carioca comprovou que esse é seu melhor aparelho e somou 14,900 pontos, terceira maior nota da prova até agora, ficando em boas condições de alcançar a final. A ginasta ainda foi bem no solo e nas barras, saindo-se mal apenas na trave.
Além das boas chances de Jade no salto, ela e Daniele ainda estão em boa situação para chegar à decisão do individual geral. As duas aparecem em 16º e 13º lugares entre as melhores atletas das eliminatórias. Considerando que cada país poderá colocar apenas duas ginastas na final, Jade e Daniele sobem para 14ª e 12ª posições. As 24 mais bem colocadas avançam.
Mas se as mais experientes do time brilharam, as outras ginastas ficaram devendo. Priscila Cobello fez boa apresentação na trave e no solo, mas foi mal no salto e, principalmente, nas assimétricas. Já Adrian Gomes, única estreante do time em Mundiais, teve performance limpa nos três aparelhos que disputou (salto, trave e solo), mas sem destaque em nenhum deles.
As maiores decepções, porém, foram Ethiene Franco e Bruna Leal. Especialista em assimétricas, Ethiene disputou apenas esse aparelho e, tal como nas últimas competições, voltou a falhar, somando apenas 12,833 pontos. Bruna, por sua vez, não repetiu a regularidade do ano passado, quando chegou à final do individual geral, e teve atuações muito fracas na trave e no solo. Nas assimétricas e no salto, suas notas estiveram entre as mais altas do time, mas não foram suficientes para compensar os maus resultados dos outros dois aparelhos.
Outras seleções
Entre as seleções internacionais, a melhor das primeiras rotações foi a China, com apresentação impecável da campeã olímpica He Kexin nas assimétricas e boa performance da campeã mundial Linlin Deng na trave. As outras ginastas também tiveram boas atuações e garantiram ao time a primeira colocação provisória.
No final da tarde, porém, a Rússia subiu ao tablado e desbancou a China, mostrando que sua atual equipe voltará a brigar por títulos.
Terceira colocada até agora, a Romênia contou com grandes desempenhos da jovem Ana Porgras, que já havia se destacado no ano passado e aparece com boas chances de medalhas no individual geral e na trave. A veterana Sandra Izbasa também brilhou nos três aparelhos que disputou (salto, trave e solo) e deve ir às finais dos três.
Individualmente, a liderança provisória é da russa Aliya Mustafina com 60,666 pontos, seguida pelas chinesas Yuyan Jiang (58,099) e Qiushuang Huang (58,065).
As eliminatórias femininas do Mundial de Roterdã seguem neste domingo a partir das 5h (horário de Brasília). As provas masculinas começam apenas na segunda-feira.
*Atualizada às 17h20
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