Brasil fica fora da final feminina por equipes pela 1ª vez após 3 Mundiais
As expectativas se confirmaram, e o Brasil está oficialmente fora da final feminina por equipes do Mundial de ginástica artística disputado em Roterdã. As brasileiras terminaram as rotações de sábado na oitava colocação, a última para a classificação, mas logo na primeira sessão deste domingo caíram para o nono lugar e deram adeus à disputa coletiva.
As responsáveis pela eliminação brasileira foram as ginastas dos Estados Unidos. Apesar de cometerem alguns erros e deixarem seu time na terceira colocação geral, atrás de Rússia e China, as norte-americanas fizeram o Brasil cair uma posição. No final do dia, na última rotação das eliminatórias, a anfitriã Holanda também passaria a seleção brasileira, que terminou sua participação em 10º lugar.
Com este resultado, o Brasil não vai à final por equipes pela primeira vez em sete anos. Desde 2003, todos os Mundiais com disputas coletivas tiveram a participação brasileira nas decisões: Anaheim-2003, Aarhus-2006 e Stuttgart-2007 (as edições de 2005 e 2009 tiveram apenas provas individuais). O Brasil ainda foi à final nos Jogos de Pequim-2008, terminando na oitava colocação.
Apesar da decepção por não chegar à decisão, a seleção feminina comemorou o fato de estar classificada para o Mundial do ano que vem. O campeonato, a ser disputado em outubro, no Japão, será qualificatório para os Jogos Olímpicos de Londres-2012.
Mesmo sem final por equipes, o Brasil alcançou outras duas decisões. Jade Barbosa foi às finais do salto e do individual geral, e nesta última, ela terá a companhia de Daniele Hypolito.
De volta às competições após dois anos, a norte-americana Alicia Sacramone brilhou no salto
EUA brilham no salto, mas se complicam no solo
A primeira rotação deste domingo trouxe logo de cara a seleção dos Estados Unidos, com ginastas cotadas à disputa de medalhas em todas as provas.
No salto, a equipe norte-americana teve seu melhor desempenho. Mackenzie Caquatto, Mattie Larson e Alexandra Raisman obtiveram notas muito altas no aparelho (todas acima de 14,900), mas o grande destaque foi a veterana Alicia Sacramone. Especialista na prova, a medalhista olímpica obteve 15,466 pontos.
Confirmando a tradição, o grupo americano também foi muito bem na trave. A decepção, porém, ficou por conta do solo, onde apenas Raisman e Rebecca Bross conseguiram passar dos 14 pontos. Com isso, os Estados Unidos tiveram de se contentar com o terceiro lugar entre as equipes, resultado que pode se reverter na final de quarta-feira, quando as seleções entrarem na disputa com marcadores zerados.
Individualmente, Bross foi o principal nome desta manhã, somando 59,081 pontos e assumindo a vice-liderança no qualificatório do individual geral. No entanto, sua companheira de equipe, Bridget Sloan, decepcionou. Fora de forma e voltando às competições após sofrer problemas físicos, a campeã mundial do ano passado disputou apenas dois aparelhos nas eliminatórias - assimétricas e solo - e não se destacou em nenhum deles, conseguindo entrar na final das barras com a última vaga.
Entre as outras seleções, os destaques ficaram por conta da suíça Ariella Kaeslin e da venezuelana Jessica Lopez.
*Atualizada às 19h24
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