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Barras derrubam brasileiras na final do individual geral em Roterdã; russa vence

Medalha de ouro ficou com a russa Aliya Mustafina, que mais uma vez brilhou - AP Photo/Bas Czerwinski
Medalha de ouro ficou com a russa Aliya Mustafina, que mais uma vez brilhou Imagem: AP Photo/Bas Czerwinski

Do UOL Esporte

Em São Paulo*

22/10/2010 17h28

O Brasil participou nesta sexta-feira de sua primeira final no Mundial de ginástica artística em Roterdã, Holanda, com Daniele Hypolito e Jade Barbosa na decisão do individual geral. As duas ginastas foram regulares em grande parte da disputa, mas tiveram performances ruins nas barras paralelas e comprometeram seu desempenho. O ouro, como já era esperado, ficou com a russa Aliya Mustafina.

AS BRASILEIRAS E AS OITO PRIMEIRAS

Jade Barbosa - 15º lugar:
Salto: 14,866 | Assimétricas: 12,900 |
Trave: 14,166 | Solo: 13,733
Daniele Hypolito - 18º lugar:
Salto: 14,100 | Assimétricas: 13,000 |
Trave: 14,066 | Solo: 14,100
1 - Aliya Mustafina (RUS) - 61,032
2 - Yuyan Jiang (CHN) - 59,998
3 - Rebecca Bross (EUA) - 58,966
4 - Qiushuang Huang (CHN) - 58,366
5 - Ana Porgras (ROM) - 58,165
6 - Lauren Mitchell (AUS) - 58,133
7 - Tatiana Nabieva (RUS) - 57,298
8 - Ariella Kaeslin (SUI) - 56,900

Com uma boa apresentação logo de cara na trave, Daniele mostrou que obteria, no final, uma colocação melhor do que no qualificatório. A ginasta evoluiu em todos os aparelhos, mas optou por uma série muito simples nas barras e somou apenas 13,000 pontos. Ainda assim, a paulista passou pela final sem falhas e somou 55,266 pontos, repetindo a 18ª colocação das eliminatórias. Se tivesse um ponto a mais nas assimétricas, alcançaria a 10ª posição geral

Jade Barbosa deixou a desejar no solo, logo o seu primeiro aparelho na disputa, mas ainda assim seguiu entre as seis primeiras colocadas nas duas rotações iniciais. Nas paralelas, porém, Jade caiu durante a apresentação, somou 12,900 pontos e despencou na classificação geral, terminando apenas no 15º lugar com 55,665 pontos.

O Mundial de Roterdã foi o grande retorno de Daniele e Jade às competições internacionais. A primeira chegou a participar de etapas de Copa do Mundo e do Pré-Pan neste ano, mas ainda não havia enfrentado adversárias de alto nível. Jade, por sua vez, não competia desde Pequim-2008.

"Estou super satisfeita com esse Mundial, pois, além do resultado, o mais importante é eu estar feliz comigo mesma. Consegui mostrar para todo mundo que estou voltando bem e estou contente porque consegui cumprir bem o meu papel", comemorou Daniele. "Meu ano está sendo muito bom. Fui medalhista em etapas de Copa do Mundo, no Pan e disputei a final do Mundial. Tudo isso me deixa realmente muito feliz".

Jade também celebrou, embora tenha admitido que seu resultado poderia ser melhor. "Estou feliz com o resultado. Acho até que poderia ser um pouco melhor, mas diante de todas as dificuldades que passei com a lesão no punho, foi muito bom. Eu não tinha noção de como ia competir aqui, mas estou feliz", comentou.

Enquanto Daniele Hypolito despede-se com bom desempenho, Jade Barbosa terá mais uma chance de melhorar sua performance no Mundial. Neste sábado, a carioca disputará a final do salto, aparelho em que obteve a terceira melhor média nas eliminatórias e, por isso, tem chances reais de medalhas.

Russa volta a brilhar

Na briga pelo pódio, o ouro estava praticamente fora de disputa. Isso porque a russa Aliya Mustafina entrou na final com um pé no lugar mais alto do pódio. Um dia depois de conduzir sua seleção ao primeiro título por equipes em 19 anos, a jovem ginasta de apenas 16 anos sobrou nesta sexta-feira.

Mustafina foi a única atleta a passar de 15 pontos em todos os aparelhos, com direito às altíssimas notas de 15,666 no salto e 15,033 no solo. Assim ficou fácil, e com a soma de 61,032, a russa assegurou seu segundo ouro em Roterdã. Finalista em todas as provas individuais, a ginasta ainda pode obter outras quatro medalhas no final de semana.

A prata do individual geral ficou com a chinesa Yuyan Jiang, que esteve no segundo lugar durante toda a competição e somou 59,998 pontos. Vice-campeã no ano passado, a norte-americana Rebecca Bross teve uma queda durante a prova de trave, mas compensou com notas muito altas nas assimétricas e no solo e faturou o bronze com 58,966 pontos.

O Mundial de Roterdã segue neste sábado com as finais por aparelhos de solo masculino, salto feminino, cavalo com alças, assimétricas e argolas. No domingo serão disputadas as decisões de salto masculino, trave, barras paralelas, solo feminino e barra fixa.

*Atualizada às 19h17