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Daiane tem volta de gala após três anos com salto exclusivo no Brasil

Daiane executou o duplo mortal estendido com pirueta e o duplo twist carpado - ECPinheiros/Divulgação
Daiane executou o duplo mortal estendido com pirueta e o duplo twist carpado Imagem: ECPinheiros/Divulgação

Rodrigo Farah

Em São Paulo

07/06/2011 07h00

A volta de Daiane dos Santos às competições após três anos afastada não poderia ter sido melhor. Além de assegurar o retorno à seleção brasileira no Troféu Brasil do último fim de semana, a ginasta do Pinheiros desenvolveu uma série de muita dificuldade no solo, com direito a um salto que nenhuma outra atleta do país consegue executar.

Daiane abriu a série em Brasília com um duplo mortal estendido com pirueta. De acordo com a árbitra internacional e ex-coordenadora da seleção Eliane Martins, o nível de dificuldade é altíssimo e a gaúcha é a única ginasta do Brasil que consegue fazer o movimento nas provas de solo.

“Não é fácil, é uma acrobacia realmente difícil. A dificuldade da série de Daiane foi bem alta e me deixou bastante motivada. Para quem ficou tanto tempo parado como ela [três anos], está bom demais. Ela ainda precisa melhorar a execução, mas tem quatro meses até o Mundial e o Pan”, comentou Eliane, lembrando dos torneios marcados para outubro.

“Faço esse movimento desde 2007. Aprendi quando treinava com a seleção, em Curitiba. Cheguei a fazê-lo em minha série na Olimpíada. Agora, depois do meu retorno aos treinos, tive que aperfeiçoá-lo por algum tempo até que, há uns dois meses, voltei a fazer no solo novamente”, afirmou a ginasta ao UOL Esporte.

DAIANE JÁ RECEBE UNIFORME DA SELEÇÃO

  • Ricardo Bufolin/Photo&Grafia/Divulgação

    Daiane exibe o collant da equipe verde-amarela

Além do duplo estendido, Daiane realizou o já tradicional duplo twist carpado, manobra que leva o seu nome. Mas apesar da grande dificuldade, a ginasta pecou na execução geral e por isso dividiu a melhor nota do solo com Danielle Hypólito: 14.050. A paulista não exibiu manobras da mesma dificuldades, mas foi mais consistente.

No fim, Daiane dos Santos ficou fora da disputa pelo título por não ter disputado a trave. Mesmo assim, ela fez o suficiente para assegurar seu retorno à seleção brasileira. Logo após o torneio, ela foi convocada oficialmente e já recebeu seu novo uniforme.

“Essa competição veio para mostrar que estou pronta. Agora é uma questão de pequenos ajustes. Fiquei muito feliz com o convite de voltar à seleção”, comemorou logo após receber a notícia.

Desde as Olimpíadas de Pequim-2008, a atleta teve uma série de lesões. Não bastassem os problemas físicos, ela encarou uma suspensão de cinco meses, pois foi flagrada no exame antidoping com a substância diurética furosemida, administrada em um tratamento estético.