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Projeto de ginástica com Oleg custa R$ 3 mi e quer atender até 20 mil crianças

Oleg Ostapenko (à esquerda), é apresentado pelo grupo Live Wright, do empresário João Paulo Diniz - Gustavo Franceschini/UOL
Oleg Ostapenko (à esquerda), é apresentado pelo grupo Live Wright, do empresário João Paulo Diniz Imagem: Gustavo Franceschini/UOL

Gustavo Franceschini

Em São Paulo

27/09/2011 13h07

O projeto que trouxe Oleg Ostapenko de volta ao Brasil vai custar R$ 3 milhões somente no primeiro ano. O investimento, no entanto, não deve parar aí. Apresentado nesta terça em São Paulo, o técnico ucraniano vai ser a estrela de um projeto que pretende atender cerca de 20 mil crianças em 32 centros espalhados pelo Paraná.

A ideia é uma parceria entre a ONG Live Wright, comandada por empresários entusiastas do esporte; o Governo do Estado do Paraná; e a Federação Paranaense de Ginástica (FPRG). Oleg vai comandar o espaço principal, no Centro de Excelência de Ginástica (Cegin) de Curitiba, antiga casa da seleção permanente, que ele comandou de 2002 a 2008.

Desde os Jogos Olímpicos de Pequim, o técnico e sua mulher, Nadijia, estavam na Rússia treinando o time de juvenis do país. Juntos foram campeões europeus da categoria depois de 15 anos de jejum do país na competição. Agora, o casal volta ao Brasil para lidar com as atletas de elite do Brasil.

“Na primeira passagem, o Oleg me disse uma vez que se queríamos atender todas as crianças, não faríamos alto rendimento. Para darmos resultado, precisamos trabalhar só com as melhores, para que não se cobre além da conta uma menina que talvez não tenha tanta capacidade”, disse Eliane Martins, secretária-geral da FPRG.

Enquanto Oleg trabalhará com a elite em Curitiba, até 2015 32 municípios devem ser atendidos pelo projeto, que tem parceria com as prefeituras das cidades. O governo local cede o espaço e o movimento Live Wright fornece os profissionais necessários, devidamente treinador pelo ucraniano no centro principal.

Nestas unidades-satélites, o atendimento não ficará restrito às crianças mais talentosas. O foco passa a ser o esporte de participação, sem cobrança de resultados. Nesse cenário, os idealizadores esperam atingir até 20 mil crianças até 2015.