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Diego Hypolito revela "briga com a cabeça" antes de cirurgia e já planeja Jogos de 2016

O ginasta Diego Hypólito falhou nas Olimpíadas de Londres e de Pequim - AP Photo/Matt Dunham
O ginasta Diego Hypólito falhou nas Olimpíadas de Londres e de Pequim Imagem: AP Photo/Matt Dunham

Lucas Tieppo

Do UOL, em São Paulo

25/08/2012 06h00

O ginasta Diego Hypolito colecionou mais duas cirurgias na última quinta-feira e chegou ao número de sete operações em toda a sua carreira. Depois de corrigir lesões no ombro esquerdo e no tornozelo direito, o atleta tenta superar mais um período de recuperação e planeja representar o país nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

“Briguei com muito durante esta semana com a minha cabeça para fazer as cirurgias. Tenho muito medo de operar o ombro, ela mexe com a minha respiração, é diferente do pé. Operar o ombro me dá muita fobia”, disse Diego, que contou ter ajuda de um psicólogo há cerca de dois anos e meio.

O ginasta concedeu entrevista coletiva no hospital Samaritano, em São Paulo, onde realizou as cirurgias e se mostrou bastante abalado com mais duas cirurgias. Agora, Diego soma sete operações: Em 2005, operou o pé direito, em 2008, foi a vez do joelho direito, no ano seguinte, operou pela primeira vez o ombro esquerdo e em 2010, fez cirurgia no pé esquerdo.

O ano de 2012, no entanto, foi o pior para o ginasta, que foi para a mesa de cirurgia três vezes. Em março, para operar o joelho direito e agora as cirurgias no ombro esquerdo e tornozelo direito.

Ainda assim, Diego quer provar para si mesmo que consegue voltar a competir em alto nível e realizar seu grande sonho. “Meu sonho, por mais que não tenha acontecido em Londres e em Pequim, é ser medalhista olímpico. Não é mais esse obstáculo que vai me impedir. As cirurgias são muito mais difíceis de superar do que a falha, é muito difícil ficar parado, brigando com a sua cabeça”, afirmou.

A previsão do ginasta é voltar a treinar em quatro meses e quando completar seis meses das cirurgias já estar competindo novamente.

“No Rio, eu estarei com 30 anos, que é uma idade totalmente razoável, e quem sabe não disputo outra Olimpíada. A de Londres nem acabou direito e já estou planejando 2016, com a cabeça erguida, só espero não sofrer com tantas lesões. Não posso deixar de acreditar em mim”, afirmou.