Hypólito se revolta com o fim da ginástica no Fla: 'faltou respeito'
O ginasta Diego Hypólito demonstrou indignação com a notícia de que o Flamengo desligará a ginástica olímpica do clube. Em contato com o UOL Esporte nesta terça, o atleta diz ter sido pego de surpresa com a notícia, conta que o fim da modalidade escancara total amadorismo da diretoria e criticou a maneira como os dirigentes conduziram o processo que culminou no término das atividades.
Ele diz que “faltou consideração” com os profissionais da ginástica. Diego também acusou os dirigentes de darem falsas promessas à equipe olímpica, omitindo a real situação do clube.
“É uma enorme falta de respeito o que fizeram comigo, com a Jade, com a Dani e com os demais atletas. Desde janeiro eu tento conversar com a diretoria para buscar uma solução para a ginástica, mas nunca me atendiam. Eles sempre me acalmavam, dizendo que tinham vontade de renovar o contrato e que tudo ia dar certo. Agora me ligam às 10h da manhã para me dizer que não vai ter mais treinos? Todo trabalho de uma equipe é largado do dia para noite?”, esbravejou Diego.
Bicampeão mundial do solo, Diego estava com pelo menos dois meses de salários atrasados. Ele ressalta que essas dificuldades financeiras poderiam ser superadas caso houvesse melhor gestão.
“Sabíamos da situação difícil em que passa o Flamengo, tanto que continuava treinando normalmente. Mas o mínimo que poderia haver é respeito a quem tanto representou o clube. Eu e a Dani temos 19 anos de Flamengo, treinando 7h por dia. A Jade também está no clube há muitos anos. Se o marketing do Flamengo fosse atrás conseguiria muitas coisas, pois o clube tem potencial enorme. Mas não vai”, complementou.
Esportes olímpicos cortados no Fla
A diretoria rubro-negra tem reduzido gradativamente o suporte às modalidades olímpicas. O clube encerrou em janeiro vínculo com o nadador César Cielo. Foi a vez da ginástica passar pelo corte.
O único esporte olímpico de alto investimento a se salvar momentaneamente é o basquete. A insegurança, porém, também toma conta de atletas e técnicos, já que não se sabe o futuro da modalidade após o fim da disputa do NBB.
Inicialmente, a intenção da diretoria era cortar pela metade o orçamento anual da equipe, mas a boa campanha dentro das quadras e o apelo da torcida podem reverter este cenário.
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