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Daniele volta a palco de 1º medalha e revê status de "zebra" em Mundial

Daniele Hypólito se alonga antes de treinamento preparatório para o Mundial da Antuérpia - Rodolfo Buhrer / LiveWright
Daniele Hypólito se alonga antes de treinamento preparatório para o Mundial da Antuérpia Imagem: Rodolfo Buhrer / LiveWright

Guilherme Costa

Do UOL, em São Paulo

29/09/2013 06h00

A ginástica artística brasileira entrou no cenário de destaque há 12 anos, na Bélgica, quando Daniele Hypólito surpreendeu e conquistou a medalha de prata no Mundial no solo.

Na terça-feira, novamente em um Mundial, a ginasta volta ao palco de sua primeira grande premiação na carreira. De novo na Bélgica, Daniele disputará as provas nas barras paralelas e na trave no Mundial da Antuérpia. O solo, desta vez, ficou fora do programa da ginasta.

“É muito bom voltar à Bélgica, onde ganhei minha primeira medalha de destaque internacional, em 2001. Espero fazer boas apresentações e voltar para o Brasil com bons resultados”, afirmou a atleta de 29 anos.

Há 12 anos, Daniele chegou à Europa com apenas 17 anos e ainda no início da carreira. Na época, apesar de ser apontada como promessa, ainda era considerada uma "zebra" no Mundial. Primeiro ela surpreendeu ao ficar na quarta colocação nos exercícios combinados, e depois ficou com a prata no solo, atrás apenas da romena Andreea Raduca.

Mais madura e pronta para seu sétimo Mundial, Daniele mais uma vez chega pouco badalada. Apesar da experiência, a ginasta não é apontada como favorita nem por seu estafe.

Elaine Martins, coordenadora do Cegin,  (Centro de Excelência de Ginástica), em Curitiba, onde Daniele treina, admite que a meta inicial da brasileira é estar entre as oito finalistas na trave.

“Tudo pode acontecer, mas a Daniele é melhor na trave. Ela tem série com nota de dificuldade alta, e se conseguir fazer classificatória boa, pode avançar. No salto é um pouco mais fraco. Primeiro ela precisa pensar em se classificar. Depois, qualquer uma pode ganhar. O mais difícil é entrar na final”, afirmou a coordenadora.

A esperança da comissão técnica é que, por ser um Mundial em ano pós-olímpico, Daniele consiga surpreender, já que muitas equipes não irão com suas principais ginastas. Outro motivo de confiança é que a prova na trave sempre tem algumas surpresas, como quedas e desequilíbrios das competidoras.

A estreia de Daniele na Antuérpia será nesta terça-feira, dia 01 de outubro. A competição seguirá até o dia 6 de outubro.