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Ocaso feminino e novo movimento isolam Zanetti como esperança em Mundial

Ouro olímpico em Londres-2012, Arthur Zanetti é a maior esperança da ginástica brasileira no Mundial deste ano - Mike Blake/Reuters
Ouro olímpico em Londres-2012, Arthur Zanetti é a maior esperança da ginástica brasileira no Mundial deste ano Imagem: Mike Blake/Reuters

Guilherme Costa

Do UOL, em São Paulo

29/09/2013 06h01

O Mundial individual de ginástica artística da Bélgica, cujo início está previsto para a próxima segunda-feira, vai simbolizar uma mudança para o Brasil. Com o ocaso da geração feminina, o título conquistado nos Jogos Olímpicos de Londres-2012 e a criação de um novo movimento, Arthur Zanetti vai carregar o status de maior esperança do país.

Zanetti, 23, ganhou a medalha de ouro olímpica nas argolas em 2012. Ele superou o chinês Chen Yibing, que havia subido ao topo do pódio em Pequim-2008 e era um dos nomes mais badalados do aparelho.

Aos 28, Yibing, medalhista de prata nos Jogos Olímpicos do ano passado, não vai disputar o Mundial de 2013. Esse é mais um fator importante para o favoritismo de Zanetti.

Em conversa recente com o UOL Esporte, o ginasta brasileiro disse que estava em um nível muito próximo do que ele tinha em Londres-2012. Zanetti vinha fazendo uma dieta especial pré-competição e treinando em São Caetano, na Grande São Paulo.

Zanetti ainda falou que pretendia apresentar um fato novo para o Mundial. No último sábado, a FIG (Federação Internacional de Ginástica) oficializou essa inovação: um movimento com o nome do ginasta brasileiro.

O movimento Zanetti está entre as 16 manobras que a FIG aprovou para o Mundial deste ano. A criação do brasileiro recebeu nota F, conceito que representa o mais alto grau de dificuldade.

Além do desempenho recente e da ausência do principal rival, o estrelado de Zanetti corresponde ao ocaso da equipe feminina. Nomes relevantes do Brasil em edições passadas do Mundial não estarão na Bélgica – Daiane dos Santos encerrou a carreira e Jade Barbosa está machucada, por exemplo.

O nome mais conhecido entre as brasileiras que estarão na Bélgica é Daniele Hypólito, 29. A ginasta foi a primeira representante do país a obter uma medalha em um Mundial – prata no solo em 2001.

Daniele sempre foi uma ginasta de individual geral, mas a trave é o aparelho em que ela tem uma série com grau de dificuldade mais alto. No Mundial deste ano, porém, a maior expectativa da brasileira é atingir um lugar entre as oito finalistas.

Além de Daniele, a equipe feminina do Brasil no Mundial terá apenas Letícia Costa. O masculino contará com Zanetti, Sérgio Sasaki Júnior, Arthur Nory Mariano, Diego Hypólito, Francisco Barreto e Péricles da Silva.