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Hypólito defende treinadores após caso de abuso: "Todos pagaram o pato"

Diego Hypólito pediu cuidado e o fim da generalização sobre os treinadores da ginástica - Mike Blake/Reuters
Diego Hypólito pediu cuidado e o fim da generalização sobre os treinadores da ginástica
Imagem: Mike Blake/Reuters

Do UOL, em São Paulo (SP)

09/05/2018 13h46


O escândalo de abuso sexual de atletas na ginástica segue repercutindo. Ao invés de ataques e relatos de mais comportamentos deploráveis, Diego Hypólito optou nesta quarta-feira por defender a classe dos treinadores. O pedido do bicampeão mundial e medalhista de prata na Olimpíada do Rio de Janeiro (solo) é para afastar a mancha sobre toda a modalidade.

“A gente não pode colocar todo mundo dentro do mesmo bolo, a própria situação e os treinadores. Todos eles estão todos pagando o pato como estivessem fazendo a mesma coisa. Tem pessoas boas na mesma área”, defendeu Diego Hypólito, em entrevista à Rádio Jovem Pan.

O ginasta, que não compete internacionalmente há um ano após passar por uma cirurgia na coluna, procurou desassociar o nome de Fernando de Carvalho Lopes, técnico acusado de abuso sexual, do seu dia a dia e da elite da ginástica brasileira.

“Ele [Fernando de Carvalho Lopes] não era frente do Comitê Olímpico Brasileiro; era do clube dele, por sinal foi uma coisa mal explicada, parece que continua no mesmo clube em São Bernardo. São dois clubes, um é o MESC [clube de Fernando] e o outro é o meu clube. Tinha gente que desconfiava, obvio”, acrescentou.

As acusações envolvendo Fernando de Carvalho Lopes, ex-treinador da seleção brasileira de ginástica, aumentaram no último domingo (6). O “Fantástico”, da “TV Globo”, revelou que um ex-atleta prestou depoimento à Delegacia da Mulher, da Criança e do Adolescente (DDM) de São Bernardo do Campo e afirmou que Fernando fotografava e filmava atletas nus.

A Polícia Civil cumpriu no último sábado (5) um mandado de busca e apreensão na casa dos pais de Lopes, em São Bernardo. Durante a operação, os agentes apreenderam CDs, DVDs, pen drives, uma fita cassete e um HD externo. A delegada Tereza Gurian deixou a casa sem dar entrevistas.