Comitê Olímpico dos EUA concede R$ 4,7 mi para ginastas vítimas de abuso
O Comitê Olímpico dos Estados Unidos anunciou nesta terça-feira (22) ter direcionado U$ 1,3 milhão de dólares (cerca de R$ 4,75 mi) ao Fundo de Assistência ao Atleta, criado pela Fundação Nacional de Ginástica para apoiar as vítimas de abuso sexual no esporte.
O valor destinado é uma resposta às críticas crescentes que o Comitê tem sofrido. Parte dos ex-ginastas do país o acusam de não atuar diretamente no caso Larry Nassar, ex-médico da equipe feminina de ginástica dos EUA que foi recentemente condenado à prisão perpétua por agredir sexualmente ao menos 265 atletas.
“Infelizmente não podemos apagar os terríveis abusos sofridos por tantos ginastas, devemos apoiar de todas as formas possíveis seu corajoso esforço de recuperação”, afirma a CEO do Comitê Olímpico norte-americano, Susanne Lyons. “Esta é parte de uma série de reformas e ações que estamos tomando para resolver problemas dentro da ginástica nos EUA, mas também de forma mais ampla em toda a comunidade olímpica e paralímpica dos EUA. Nós falhamos com esses atletas uma vez e não o faremos novamente.”
O próprio Comitê Olímpico dos EUA foi processado pelas vítimas de Larry Nassar, mas ainda não chegou a acordo judicial. Há uma semana a Universidade do Estado de Michigan, local onde ocorreu a maioria dos abusos sexuais, comprometeu-se a pagar U$ 500 milhões às vítimas (mais de R$ 1,8 bilhão).
O Comitê afirma em nota oficial que trabalha com investigação independente, conduzida por um escritório de advocacia. Além do financiamento ao Fundo de Assistência ao Atleta, a entidade recentemente contratou uma ex-diretoria do FBI para cuidar do caso e agora garante estar criando um sistema em que os atletas tenham mais voz em sua estrutura.
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