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Conselho do COB vai investigar Confederação de Ginástica após denúncias

Marcos Goto (à esquerda) é coordenador técnico da Confederação Brasileira de Ginástica - Ricardo Bufolin/COB/divulgação
Marcos Goto (à esquerda) é coordenador técnico da Confederação Brasileira de Ginástica Imagem: Ricardo Bufolin/COB/divulgação

Do UOL, em São Paulo

24/05/2018 11h28

Nessa quarta-feira (23), o Conselho de Ética do Comitê Olímpico do Brasil (COB) anunciou que aceitou a representação oferecida pela Comissão de Atletas e vai investigar a Confederação Brasileira de Ginástica e Marcos Goto, coordenador técnico da entidade. O pedido foi feito após Fernando de Carvalho Lopes, ex-técnico, ter sido acusado de abuso sexual em reportagem da TV Globo.

Segundo nota emitida pelo COB, a representação foi aceita por unanimidade e terá como relator Alberto Murray Neto, presidente do recém-fundado Conselho de Ética. O caso será o primeiro analisado pelo órgão.

"O Conselho de Ética do Comitê Olímpico do Brasil - COB vem, após análise das informações prestadas pela Confederação Brasileira de Ginástica e pelo Professor Marcos Suzarte Goto, nos termos do artigo 13 do seu Regimento Interno, comunicar que, por unanimidade, resolve admitir a Representação oferecida pela Comissão de Atletas e instaurar o devido procedimento, cujo trâmite seguirá em absoluto sigilo. Conforme previsto no artigo 12 do Regimento Interno foi designado como Relator do caso o Conselheiro Presidente Alberto Murray Neto", diz comunicado emitido pelo COB.

Goto é acusado por ginastas de fazer chacota com as vítimas dos possíveis abusos sexuais de Fernando. A assessoria de imprensa do coordenador técnico divulgou nota oficial na qual ele diz ser "contrário a qualquer tipo de assédio, discriminação e intolerância".Ele afirmou que nunca soube de nenhuma denúncia no período em que trabalhou com os atletas.

"Em nenhum momento os fatos foram trazidos até mim. E nunca houve um pedido de ajuda por parte dos atletas", disse ele.