Confederação de handebol mantém técnico para Londres e foca continuidade até Rio-2016

O quinto lugar do Brasil no Mundial feminino de handebol, melhor resultado do país na história, animou a CBHb (Confederação Brasileira de Handebol). Manoel Luiz Oliveira, presidente da entidade, inclusive mostrou-se empolgado com a possibilidade de brigar por uma medalha na Olimpíada de Londres-2012. Para isso, já tomou a primeira medida: garantiu a permanência de Morten Soubak, dinamarquês que comanda a seleção desde 2009. Para ele, o interesse é recíproco, e Soubak estará na Inglaterra.

"O Morten tem uma relação excepcional com todas as meninas, elas o aceitam muito bem e a CBHb também. Ele fica para 2012, sem dúvida nenhuma. E com certeza vamos brigar por um pódio em  Londres, você não tenha dúvida. No Mundial  mostramos que temos condições para isso", afirmou o dirigente, em entrevista ao UOL Esporte. 

A intenção da Confederação, aliás, é, no ano que vem, renovar o vínculo do dinamarquês por mais um ciclo olímpico, ou seja, até 2016, quando a competição será disputada no Rio de Janeiro. Manoel Luiz aposta que a continuidade possa render ainda mais frutos para o handebol feminino brasileiro, que fez história no Mundial de São Paulo. "Com a semente plantada aqui, o Morten tem tudo para permanecer conosco. Queremos continuidade de um técnico com o grupo, e ele é perfeito para isso. Ele tem família aqui, está bem adaptado ao país. Não tem porque sair", disse.

O técnico possui um discurso bastante parecido. Por telefone, revelou sua felicidade com o quinto lugar e confirmou a presença nos Jogos de Londres e possivelmente também em 2016. Para isso, segundo ele, basta uma conversa para a rápida definição. "Há algum tempo já estamos conversando sobre um projeto para 2016. É evidente que agora o foco todo está no ano que vem, mas já pensamos no Rio. Eu estou muito feliz aqui, sou um brasileiro já. É uma conversa com a Confederação só para acertar uma coisa ou outra. Eu tenho vontade de ficar", revelou Soubak.

O bom trabalho realizado à frente da seleção feminina, aliás, tem despertado o interesse de alguns outros times e seleções no técnico dinamarquês. Ele revelou que já recebeu algumas consultas recentemente, mas reafirma o desejo de ficar onde está. "É normal que o telefone toque às vezes (risos), mas estou focado aqui e muito contente com o grupo que tenho. Eu adoro o Brasil", finalizou.