No tapetão, Brasil ganha vaga para torneio por equipes na Olimpíada
Da Redação
Em São Paulo
Em uma reviravolta conquistada no tapetão, o Brasil vai competir na prova por equipes de hipismo na Olimpíada de Atenas. A decisão foi anunciada nesta quinta-feira pelo Tribunal Arbitral do Esporte, em Lausanne, dando como favorável o recurso da Confederação Brasileira, que exigia a vaga com base na classificação dos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo.
Na República Dominicana, o Brasil ficou com a medalha de bronze. No entanto, a vaga olímpica por equipes acabou ficando para a quarta colocada, a Argentina, graças a um sistema de contagem de pontos criado pela Federação Internacional de Hipismo (FEI), sem a aprovação da Assembléia da entidade e, conseqüentemente, do Comitê Olímpico Internacional (COI).
No Pan, o Brasil havia garantido duas vagas individuais, a partir da classificação do cavaleiro Álvaro Affonso Miranda Neto, o Doda, e Bernardo Alves Rezende. No entanto, os representantes do país nas provas individuais ainda não estão definidos.
De acordo com o presidente da CBH, Camillo Ashcar Júnior, o problema começou quatro meses antes dos Jogos Pan-Americanos, quando a CBH recebeu da FEI a informação de que o Pan de Santo Domingo utilizaria como critério de classificação da terceira vaga para Atenas a soma de pontos dos quatro cavaleiros da equipe, sem considerar o descarte do pior resultado.
Dessa forma, o Brasil acabou atrás da Argentina e, inicialmente, fora de Atenas-2004. Ao mesmo tempo, a classificação da primeira e segunda vagas (ouro e prata) considerariam o descarte. "O regulamento da FEI prevê que o sistema de classificação para os Jogos Olímpicos deve ser aprovado em Assembléia Geral da entidade na segunda reunião após a edição anterior dos Jogos", explica.
"Essa reunião aconteceu em abril de 2002, no Marrocos. A alteração contestada pelo Brasil nos critérios de classificação foi tomada em abril de 2003. Como na prática ainda não havíamos sido atingidos, resolvemos aguardar o resultado do Pan para agir", explica Aschar.
A primeira providência da CBH foi entrar com um recurso na própria FEI, que indeferiu o processo. O próximo passo, então, foi levar o caso para o Tribunal Arbitral do Esporte, cuja sede também é na Suíça. Para o presidente do Tribunal de Justiça Desportiva da CBH, Felipe Amodeo, a decisão do Tribunal põe fim a um absurdo cometido pela FEI.
"O sistema de descarte é feito justamente para se apurar o nível técnico da equipe em função de eventuais falhas. Independentemente disso, a FEI mudou a regra do jogo sem cumprir o que previa o seu próprio regulamento. O Tribunal Arbitral do Esporte corrigiu essa distorção", avaliou.
Com a presença da equipe garantida em Atenas, os quatro cavaleiros a serem selecionados pela CBH poderão competir também nas provas individuais. "Agora, a CBH vai indicar os cavaleiros com base na avaliação técnica. A equipe de saltos do Brasil tem uma história de medalhas nos Jogos Olímpicos e não ficaria fora de Atenas tendo sido medalha de bronze em Santo Domingo."
Em São Paulo
Em uma reviravolta conquistada no tapetão, o Brasil vai competir na prova por equipes de hipismo na Olimpíada de Atenas. A decisão foi anunciada nesta quinta-feira pelo Tribunal Arbitral do Esporte, em Lausanne, dando como favorável o recurso da Confederação Brasileira, que exigia a vaga com base na classificação dos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo.
Doda ainda tem participação indefinida nos Jogos Olímpicos de Atenas, em agosto |
No Pan, o Brasil havia garantido duas vagas individuais, a partir da classificação do cavaleiro Álvaro Affonso Miranda Neto, o Doda, e Bernardo Alves Rezende. No entanto, os representantes do país nas provas individuais ainda não estão definidos.
De acordo com o presidente da CBH, Camillo Ashcar Júnior, o problema começou quatro meses antes dos Jogos Pan-Americanos, quando a CBH recebeu da FEI a informação de que o Pan de Santo Domingo utilizaria como critério de classificação da terceira vaga para Atenas a soma de pontos dos quatro cavaleiros da equipe, sem considerar o descarte do pior resultado.
Dessa forma, o Brasil acabou atrás da Argentina e, inicialmente, fora de Atenas-2004. Ao mesmo tempo, a classificação da primeira e segunda vagas (ouro e prata) considerariam o descarte. "O regulamento da FEI prevê que o sistema de classificação para os Jogos Olímpicos deve ser aprovado em Assembléia Geral da entidade na segunda reunião após a edição anterior dos Jogos", explica.
"Essa reunião aconteceu em abril de 2002, no Marrocos. A alteração contestada pelo Brasil nos critérios de classificação foi tomada em abril de 2003. Como na prática ainda não havíamos sido atingidos, resolvemos aguardar o resultado do Pan para agir", explica Aschar.
A primeira providência da CBH foi entrar com um recurso na própria FEI, que indeferiu o processo. O próximo passo, então, foi levar o caso para o Tribunal Arbitral do Esporte, cuja sede também é na Suíça. Para o presidente do Tribunal de Justiça Desportiva da CBH, Felipe Amodeo, a decisão do Tribunal põe fim a um absurdo cometido pela FEI.
"O sistema de descarte é feito justamente para se apurar o nível técnico da equipe em função de eventuais falhas. Independentemente disso, a FEI mudou a regra do jogo sem cumprir o que previa o seu próprio regulamento. O Tribunal Arbitral do Esporte corrigiu essa distorção", avaliou.
Com a presença da equipe garantida em Atenas, os quatro cavaleiros a serem selecionados pela CBH poderão competir também nas provas individuais. "Agora, a CBH vai indicar os cavaleiros com base na avaliação técnica. A equipe de saltos do Brasil tem uma história de medalhas nos Jogos Olímpicos e não ficaria fora de Atenas tendo sido medalha de bronze em Santo Domingo."
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