Cavaleiro admite problemas internos na equipe olímpica
Rodrigo Pessoa se disse decepcionado com o nono lugar e admitiu nesta quarta-feira que houve problemas internos na equipe olímpica do Brasil em Atenas. Sem citar nomes, o cavaleiro disse que faltou maturidade a alguns integrantes da seleção de saltos, que se deixaram incomodar por contratempos como a falta de credenciais para acompanhantes.
A equipe formada por Pessoa, Álvaro Miranda (Doda) e os estreantes Bernardo Resende e Luciana Diniz não conseguiu repetir o pódio das duas edições anteriores.
A reportagem do UOL Esporte tentou, sem sucesso, contatar a assessoria de Doda, que vive na Bélgica. O cavaleiro participou, ao lado de Pessoa, dos times que conquistaram a medalha de bronze em Atlanta-1996 e Sydney-2000. A única conquista na Grécia foi a prata de Pessoa.
O chefe da equipe em Atenas, Luiz Rocco, confirma que as credenciais foram "um transtorno". Faltou crachá para familiares e até para integrantes da equipe, como o ferrador. Também não tinham credencial a veterinária do cavalo de Luciana Diniz e o técnico da amazona, que é o marido dela, o alemão Andreas Knippling. "Nós conseguimos contornar isso obtendo o day pass (credencial por um dia) para as pessoas da equipe. Em cada dia dos Jogos tínhamos de correr atrás disso."
"Não foi um problema só do Brasil, mas de outros países, como Alemanha e México.", conta Rocco. A demora na definição da equipe brasileira, selecionada somente em julho, contribuiu para o problema. "Era uma questão de segurança para a organização, que precisou dos nomes meses antes dos Jogos para fazer um 'pente fino', com a ajuda da Interpol."
"Divergências sempre existem. Mas o que pesou foi a falta de experiência dos conjuntos", opina o chefe de equipe. "Consideramos maduro para uma Olimpíada um conjunto que tenha 10 anos ou mais. Na nossa equipe, só Rodrigo e seu cavalo Baloubet tinham este perfil. E os demais tinham menos de um ano com as montarias, o que é muito pouco"
Veteranos fazem falta
Em entrevista coletiva, Pessoa lembrou mais de uma vez os nomes de veteranos como Vítor Alves Teixeira e Luiz Felipe Azevedo -que esteve nos Jogos de 1996 e 2000 e que curiosamente chegou a ter divergências com o próprio Pessoa e também com Doda durante sua permanência na seleção.
Teixeira e Azevedo já não participam com tanta freqüência de competições na Europa. "Espero que as empresas apóiem atletas como eles para que consigam boas montarias novamente. Eles fazem falta", disse o líder do ranking mundial de saltos.
Pessoa e Rocco crêem que a chegada "em cima da hora" em Atenas -uma estratégia da equipe brasileira, radicada em países mais frios, como Bélgica e Alemanha- não prejudicou os cavalos. "Era isso ou então teríamos de chegar um mês antes à Grécia, o que era impossível devido aos compromissos dos cavaleiros", diz o chefe de equipe.
"Apesar do calor, a estrutura montada foi muito boa. Só o piso da pista estava um pouco duro, porque era muito novo e não estava pronto para absorver a quantidade de água necessária", explicou Pessoa. Para ele, as contusões de cavalos estrangeiros durante as provas não foi causada apenas pelo piso. "Pelo menos dois deles eram animais problemáticos."
Equipe falhou na tentativa de levar o Brasil pela terceira vez ao pódio |
A reportagem do UOL Esporte tentou, sem sucesso, contatar a assessoria de Doda, que vive na Bélgica. O cavaleiro participou, ao lado de Pessoa, dos times que conquistaram a medalha de bronze em Atlanta-1996 e Sydney-2000. A única conquista na Grécia foi a prata de Pessoa.
O chefe da equipe em Atenas, Luiz Rocco, confirma que as credenciais foram "um transtorno". Faltou crachá para familiares e até para integrantes da equipe, como o ferrador. Também não tinham credencial a veterinária do cavalo de Luciana Diniz e o técnico da amazona, que é o marido dela, o alemão Andreas Knippling. "Nós conseguimos contornar isso obtendo o day pass (credencial por um dia) para as pessoas da equipe. Em cada dia dos Jogos tínhamos de correr atrás disso."
"Não foi um problema só do Brasil, mas de outros países, como Alemanha e México.", conta Rocco. A demora na definição da equipe brasileira, selecionada somente em julho, contribuiu para o problema. "Era uma questão de segurança para a organização, que precisou dos nomes meses antes dos Jogos para fazer um 'pente fino', com a ajuda da Interpol."
"Divergências sempre existem. Mas o que pesou foi a falta de experiência dos conjuntos", opina o chefe de equipe. "Consideramos maduro para uma Olimpíada um conjunto que tenha 10 anos ou mais. Na nossa equipe, só Rodrigo e seu cavalo Baloubet tinham este perfil. E os demais tinham menos de um ano com as montarias, o que é muito pouco"
Veteranos fazem falta
Em entrevista coletiva, Pessoa lembrou mais de uma vez os nomes de veteranos como Vítor Alves Teixeira e Luiz Felipe Azevedo -que esteve nos Jogos de 1996 e 2000 e que curiosamente chegou a ter divergências com o próprio Pessoa e também com Doda durante sua permanência na seleção.
Teixeira e Azevedo já não participam com tanta freqüência de competições na Europa. "Espero que as empresas apóiem atletas como eles para que consigam boas montarias novamente. Eles fazem falta", disse o líder do ranking mundial de saltos.
Pessoa e Rocco crêem que a chegada "em cima da hora" em Atenas -uma estratégia da equipe brasileira, radicada em países mais frios, como Bélgica e Alemanha- não prejudicou os cavalos. "Era isso ou então teríamos de chegar um mês antes à Grécia, o que era impossível devido aos compromissos dos cavaleiros", diz o chefe de equipe.
"Apesar do calor, a estrutura montada foi muito boa. Só o piso da pista estava um pouco duro, porque era muito novo e não estava pronto para absorver a quantidade de água necessária", explicou Pessoa. Para ele, as contusões de cavalos estrangeiros durante as provas não foi causada apenas pelo piso. "Pelo menos dois deles eram animais problemáticos."
Leia mais |
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.