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Doping de cavalo pode dar a medalha de ouro a Rodrigo Pessoa

Da Redação<br/> Em São Paulo

08/10/2004 14h46

A Federação Internacional de Esportes Equestres (FEI, sigla em francês) divulgou nesta sexta-feira um comunicado no qual informa que quatro entre os 40 cavalos que foram submetidos a exames antidoping nos Jogos Olímpicos de Atenas, em agosto, tiveram resultados positivos.

Reuters 
Pessoa monta Baloubet du Rouet durante prova nos Jogos de Atenas
O resultado pode gerar uma mudança na classificação geral da prova dos saltos individuais, já que um dos cavalos que testou positivo é Waterford Cristal, do irlandês Cian OŽConnor, medalha de ouro nos Jogos. Se confirmado o doping, o ouro ficaria com o brasileiro Rodrigo Pessoa, segundo colocado em Atenas.

A revelação foi feita pela própria Federação de Hipismo da Irlanda (EFI), informando uma amostra de Waterford Crystal havia "comprovado o uso de substâncias proibidas", já que no site oficial da FEI não existe a confirmação de quais cavalos foram pegos no exame.

Segundo a entidade internacional, nenhum nome será divulgado até a realização da contra-prova. "De acordo com os procedimentos de controles médico da FEI, as pessoas responsáveis pelos cavalos já foram contatadas através de suas federações nacionais", informou a comunicado.

Além da federação irlandesa, a Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) também teria sido notificada do caso pela FEI. Procurada pela reportagem do UOL Esporte, a CBH informou que apenas na segunda-feira poderia se pronunciar sobre o caso.

Já o cavaleiro Rodrigo Pessoa, que está participando do CSI-W de Oslo, na Noruega, recebeu a notícia com ressalvas, e não quis nenhum tipo de comemoração antecipada.

"O importante agora é esperar com tranqüilidade. Até que a FEI divulgue o resultado oficial, eu sou medalha de prata. Subir uma posição seria muito interessante, vamos aguardar. O irlandês pode solicitar a contraprova, que é feita com a mesma amostra de sangue", comentou Pessoa.

Segundo a FEI, o resultado do teste da amostra B só deve ser divulgado em 10 dias. Se também der positivo, o responsável pelo cavalo terá outros 10 dias para explicar a razão do doping. A partir desse momento a entidade irá submeter o caso a um comitê que tomará a decisão sobre a punição final.

Segundo a Federação Internacional, os casos foram remetidos para os seus departamentos legal e veterinário. A demora na divulgação do doping se deve ao procedimento padrão da própria FEI, que demora em média um mês para analisar as amostras das competições.

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