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Sumiço de amostra B gera controvérsia entre especialistas

Por Adalberto Leister Filho e Fernando Itokazu<br/> Folhapress<br/> Em São Paulo

02/11/2004 01h00

O sumiço da amostra B do cavalo Waterford Crystal causa polêmica entre os especialistas brasileiros em legislação antidoping.

Acostumado a lidar com casos positivos, nenhum advogado se lembrou de um fato semelhante.

"É estranho um laboratório enviar a contraprova para outro examinar. Está fora dos parâmetros da Wada (sigla em inglês de Agência Mundial Antidoping)", afirma Thomaz Mattos de Paiva, que defendeu atletas como Sanderlei Parrela, Elisângela Adriano e João Derly.

Para ele, Rodrigo Pessoa herdará o ouro. "A amostra B só serve para confirmar a A. O doping já foi constatado", argumenta.

De acordo com Luciano Hostins, ex-advogado de Maurren Maggi, o desfecho pode ser oposto. "É uma incógnita o que vai acontecer. Pode haver uma decisão política que beneficie o cavaleiro. Para não ficar feio, a FEI pode confirmar o ouro para o irlandês", afirma o advogado.

Hostins, porém, cita a regra 3.2.2 do Código Mundial Antidoping que diz que "falhas no procedimento de teste, que não causem análise positiva, não invalidam o resultado".

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