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Alemanha perde ouro na prova de saltos por equipes de Atenas-04

Das agências internacionais<br/> Em Londres (Reino Unido)

08/01/2005 17h31

A Alemanha vai perder a medalha de ouro conquistada na prova de saltos por equipes das Olimpíadas de Atenas, disputadas em agosto de 2004. A FEI (Federação Eqüestre Internacional) decidiu, neste sábado, desclassificar o conjunto formado pelo ginete Ludger Beerbaum e o cavalo Goldfever por doping, tirando da Alemanha a primeira colocação na prova.

AFP 
Beerbaum e Goldfever: doping de cavalo tira ouro da Alemanha em Atenas-04
O time dos Estados Unidos vai ficar com o ouro, enquanto a Suécia subirá da terceira para a segunda colocação no geral. Os alemães, mesmo com a punição, continuarão no pódio, passando a receber a medalha de bronze.

"O comitê de justiça da FEI decidiu que o cavalo (Goldfever) deve ser desclassificado das Olimpíadas, e que toda premiação recebida pelo conjunto, inclusive em dinheiro, deve ser devolvida", afirmou a entidade em declaração oficial publicada em seu site.

"Os resultados da prova por equipes das Olimpíadas serão alterados, tirando da Alemanha os pontos conquistados por Goldfever e Beerbaum, como se eles nem ao menos tivessem participado dos Jogos", completou.

A Beerbaum resta a possibilidade de apelar da decisão no CAS (Corte de Arbitragem Esportiva). O cavaleiro alega que o esteróide encontrado foi proveniente de um medicamento de uso tópico utilizado para tratar uma irritação na pele do cavalo.

A FEI admitiu que o cavalo não tenha sido "turbinado" com o esteróide betametasona, e que a substância foi proveniente de um tratamento médico legítimo. "No entanto, o cavaleiro falhou ao não conseguir garantir que o animal não competisse com substâncias ilegais ainda em seu corpo", afirmou a entidade.

A decisão pode acabar beneficiando o brasileiro Rodrigo Pessoa, que luta para ter sua prata nos saltos individuais convertida para ouro. Pessoa espera a eliminação do cavalo irlandês Waterford Crystal, montado por Cian O'Connor, também por doping.

O'Connor alega que o medicamento encontrado na contra-prova do cavalo não alterou o desempenho do animal na competição.