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Aos 21 anos, fenômeno francês do judô busca recorde com penta mundial

Francês Teddy Riner, tricampeão mundial, tentará o seu quinto ouro em Tóquio - Joao Engelbrecht/AFP
Francês Teddy Riner, tricampeão mundial, tentará o seu quinto ouro em Tóquio Imagem: Joao Engelbrecht/AFP

Do UOL Esporte*

Em São Paulo

07/09/2010 07h00

Teddy Riner tem apenas 21 anos e surpreende pelos 2,08 m de altura, distribuídos em 128 kg. Mas não só por isso. A partir desta semana, o francês tem a chance de se tornar o maior vencedor do judô masculino, buscando seu quinto título no Mundial de Tóquio.

UOL 'TESTOU' O FRANCÊS

  • Com a seleção francesa no Brasil em 2008, na preparação para os Jogos Olímpicos de Pequim, o UOL Esporte resolveu fazer um teste com o famoso Teddy Riner. Para isso um repórter com experiência no tatame desafiou a estrela e... perdeu por ippon, é claro. Reveja a matéria

Riner, um fenômeno da modalidade, já conquistou três ouros em mundiais e tentará no Japão mais dois, entre os dias 9 e 13, na capital do país oriental. Para isso, entrará no tatame entre os lutadores de mais de 100 kg e também na categoria absoluto, sem limite de peso.

Oriundo da ilha de origem francesa Guadaloupe, situada no Caribe, ele tentará superar os únicos quatro homens que já atingiram o tetra mundial: os japoneses Naoya Ogawa, Shozo Fujii e Yasuhiro Yamashita, além do compatriota David Douillet.

“Meu primeiro objetivo é conseguir o título na categoria até 100 kg, que já me permitirá igualar quatro judocas de prestígio”, afirmou o lutador. “O segundo é ter duas medalhas de ouro, o que me faria o único com cinco títulos. Fazer isso na terra de Jigoro Kano, nosso mestre, seria uma honra.”

Kano criou o judô em 1882 e não é esquecido pelo jovem francês. “Ele é nosso pai espiritual, nosso guia, nos inspira e dá força”, explicou, mostrando a imagem divinizada do japonês. “Todo dia eu saúdo a sua foto. Às vezes, falo com ele e peço conselhos.”

Riner explica que começou a lutar judô depois de assistir a muitos combates de pesos pesados japoneses. Inspirado por eles, buscou o estilo mais tradicional de lutas, “limpo”. O resto é seu lado de Guadalupe, com a força.

Depois de ficar apenas com o bronze nos Jogos Olímpicos de Pequim, o judoca disse ter aprendido a lição. “Entendi que preciso sempre dar meu melhor, então ajustei aqui e ali para garantir que não serei mais pego de surpresa”, afirmou ele, que diz ainda não se comparar ao compatriota Douillet por não ter um título olímpico no currículo. “Seria um desrespeito”, concluiu ele, detentor dos ouros em Mundiais em .

*Com agências internacionais