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Sorteio das chaves do Grand Slam coloca Guilheiro x Canto antes da semifinal

Flávio Canto precisa vencer o rival para encostar em Guilheiro no ranking mundial - AFP
Flávio Canto precisa vencer o rival para encostar em Guilheiro no ranking mundial Imagem: AFP

Guilherme Coimbra

No Rio de Janeiro

17/06/2011 18h02

Leandro Guilheiro e Flávio Canto podem se enfrentar nas quartas de final do Grand Slam do Rio de Janeiro de Judô. Nesta sexta-feira, o sorteio realizado no congresso técnico da competição pôs os dois brasileiros da categoria 81kg no mesmo quadrante da chave. O torneio, um dos três mais importantes do calendário mundial, vai reunir 412 atletas de 58 países no Maracanãzinho no sábado e no domingo.

GRAND SLAM REÚNE NATA DO JUDÔ

  • O Brasil voltará a ser o protagonista do judô mundial neste fim de semana. A partir deste sábado, será disputado no Maracananzinho o Grand Slam do Rio de Janeiro, um dos torneios mais importantes do circuito mundial. Além de reunir as principais estrelas da modalidade - de Japão, França e outros países -, o evento servirá para definir quais brasileiros serão os favoritos na disputa por uma vaga nas Olimpíadas de Londres-2012.

“Aconteceu o mesmo na categoria 48kg feminino, onde a Taciana Lima e a Sarah Menezes, que estão muito bem ranqueadas, caíram no mesmo quadrante”, lamentou Ney Wilson, coordenador técnico internacional da Confederação Brasileira de Judô (CBJ). “É uma pena ter dois brasileiros se enfrentando antes das semifinais. No ano passado, o Leandro e o Flávio ficaram em terceiro no Grand Slam do Rio e o sorteio eliminou a possibilidade de isso se repetir”, completou.

Leandro Guilheiro e Flávio Canto se enfrentaram no ano passado, pelas semifinais do Mundial do Japão. Como os dois se conhecem muito bem, fizeram uma luta muito estudada e truncada. Guilheiro venceu por dois yukos, graças a duas punições sofridas por Canto, e não celebrou a vitória. Os dois foram bastante aplaudidos depois de um longo abraço após o confronto.

“O sorteio foi bom para a gente na categoria 78kg”, disse Wilson. “A Mayra (Aguiar) caiu muito bem na chave e eu acredito que ela possa ser finalista, ao lado da americana [Kayla Harrison], que foi finalista do Mundial no ano passado”, arriscou.

O coordenador técnico da CBJ acredita que o Brasil pode superar o resultado do ano passado. Em 2010, nossos judocas faturaram seis medalhas: uma de ouro, uma de prata e quatro de bronze.

“Temos o campeão do ano passado nos 90kg, que é o Hugo (Pessanha), que tem boas possibilidades junto com o Tiago Camilo”, comentou Ney Wilson. “No feminino, temos a nossa medalhista olímpica [Ketleyn Quadros, bronze em Pequim] que tem se saído muito bem, junto com a Rafaela [Silva]. Eu diria que nós temos um bom arsenal para alguns tiros caírem na mosca”, concluiu.

O presidente da CBJ, Paulo Wanderley Teixeira, destacou o alto nível técnico do Grand Slam do Rio.

“Mesmo o Brasil sendo longe da Europa, está todo o mundo aqui”, comentou o dirigente. “Os países vieram com força máxima. O Brasil também, salvo pela ausência do Luciano Corrêa [que se recupera de uma lesão no ombro esquerdo]. Há que se ressaltar que este Grand Slam é uma das etapas finais para a classificação olímpica e estamos muito confiantes num bom resultado”.