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Sem ritmo, Derly perde de primeira no Grand Slam do Rio, mas celebra volta aos tatames

Após se recuperar de lesão no joelho, Derly perdeu logo em sua primeira luta no Grand Slam do Rio - Daniel Cassol/UOL Esporte
Após se recuperar de lesão no joelho, Derly perdeu logo em sua primeira luta no Grand Slam do Rio Imagem: Daniel Cassol/UOL Esporte

Guilherme Coimbra

No Rio de Janeiro

18/06/2011 10h47

O bicampeão mundial João Derly foi eliminado do Grand Slam do Rio do Judô na primeira luta da categoria 73kg. Segundo o gaúcho, que se recupera de uma lesão no joelho direito e só teve uma semana para se preparar, voltar a participar em um torneio de ponta já foi uma vitória. Sem ritmo de competição, Derly acabou eliminado pelo tadjique Rasul Boqiev, que foi bronze em Pequim.

A luta acabou decidida numa punição sofrida pelo brasileiro. A 2min15 do fim, João Derly foi advertido por deixar a área de competição. Mais tarde, os dois foram punidos por falta de combatividade, o que determinou a vitória do tadjique por um yukô.

“Foi uma luta muito parelha e a arbitragem acabou decidindo”, queixou-se o brasileiro. “As punições por falta de combatividade foram justas, mas a que levei por sair da área de competição eu achei estranha, pois eu estava entrando no golpe. Acho que o árbitro deveria ter deixado a luta correr mais”, completou.

Bicampeão mundial em 2005 e 2007, Derly ficou um ano e três meses parado por conta de duas cirurgias no joelho esquerdo. O gaúcho voltou aos tatames em março, na seletiva para a seleção brasileira, em Vitória, mas acabou lesionando o outro joelho. Os exames constataram um estiramento do ligamento, para alívio do atleta, que temia ter sofrido uma ruptura.

“Fica aquele gosto ruim de sair na primeira luta”, desabafou. “Eu não gosto de perder nem par ou impar. Mas só participar do Grand Slam já foi uma grande conquista. Poucos sabem o que passei para estar hoje aqui”, disse Derly.

Para se classificar para a Olimpíada de Londres, Derly precisa voltar a somar pontos no ranking mundial. Com a boa fase de Bruno Mendonça, que hoje ocupa a 14ª posição no mundo, o sonho de disputar a segunda olimpíada vai ficando cada vez mais distante. Mesmo para que a Confederação Brasileira de Judô o incluísse na seleção olímpica por um critério técnico, baseado nos seus resultados ao longo da carreira, ele precisaria estar bem ranqueado.

“Agora é tirar essa “zica” e continuar a minha recuperação”, comentou o atleta. “A expectativa é lá para julho, agosto voltar a lutar por um lugar no pódio.”