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Ginásio minúsculo do judô vira problema para Jogos Militares com aumento de procura do público

<strong>SUCESSO NO GRAND SLAM DO RIO:</strong> Pela primeira vez na história, o Brasil terminou em segundo em uma das quatro principais competições do judô mundial. A seleção brasileira somou onze medalhas no Grand Slam do Rio, seis delas conquistadas pelas mulheres, que pela primeira vez subiram no lugar mais alto do pódio, com érika Menezes e Mayra Aguiar. O Brasil ficou atrás apenas do Japão, que continua imbatível.  - Daniel Zappe/Fotocom
<strong>SUCESSO NO GRAND SLAM DO RIO:</strong> Pela primeira vez na história, o Brasil terminou em segundo em uma das quatro principais competições do judô mundial. A seleção brasileira somou onze medalhas no Grand Slam do Rio, seis delas conquistadas pelas mulheres, que pela primeira vez subiram no lugar mais alto do pódio, com érika Menezes e Mayra Aguiar. O Brasil ficou atrás apenas do Japão, que continua imbatível. Imagem: Daniel Zappe/Fotocom

Guilherme Coimbra

No Rio de Janeiro

29/06/2011 12h38

A pouco mais de duas semanas da cerimônia de abertura, os Jogos Mundial Militares ganharam mais um problema: o tamanho do ginásio do judô. Deslocada do ginásio Miécimo da Silva, que tem capacidade para 3835 pessoas, depois de um jogo de empurra entre o Rio e o Governo Federal, a modalidade vai ser disputada na Universidade da Força Aérea, (Unifa), onde cabem apenas 700 torcedores.

Há cerca de um mês, o Miécimo foi excluído do programa dos Jogos Mundiais Militares por não ter recebido as reformas necessárias para receber a competição. A Prefeitura do Rio alega que a verba de R$ 4 milhões não foi liberada a tempo pelo Governo Federal. Segundo fontes do Ministério do Esporte, responsável pela liberação, o dinheiro não foi solicitado nem pela Prefeitura, nem pelo Ministério da Defesa, que teria que fazer o requerimento devido ao fato de a Prefeitura, naquele momento, estar inadimplente com o Governo Federal. O Ministério da Defesa alega que atuou como cliente e não tinha a incumbência de solicitar os recursos.

Com a saída do Miécimo, o judô foi deslocado para as instalações da Universidade da Força Aérea (Unifa), na Ilha do Governador, que tem capacidade para apenas 700 pessoas. O futebol feminino, cuja final seria disputada no Miécimo, passou para o Giulite Coutinho, estádio do América.

ENTENDA O PROBLEMA DO MIÉCIMO DA SILVA

A organização dos Jogos Mundiais Militares já tem substituto para o Complexo Miécimo da Silva. A instalação, que fica em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, receberia as competições de futebol feminino e judô, mas não passou pelas reformas previstas no início do ano e ficou fora do evento. A exclusão da sede é fruto de um jogo de empurra entre o Rio de Janeiro e o Governo Federal que envolveu os Ministérios da Defesa e do Esporte.

A equipe militar brasileira de judô conta com três dos quatro atletas que conquistaram o ouro na última etapa do Grand Slam do Rio de Judô: Leandro Guilheiro, Mayra Aguiar e Érika Miranda. Marinheira, Érika pode reeditar a final do Grand Slam com Rosalba Forciniti, que é carabiniera (policial militar nacional italiana).

Os ingressos para os Jogos Mundiais Militares são distribuídos gratuitamente através do site oficial da competição (www.rio2011.mil.br), com o limite de dois por CPF em cada evento, e retirados em pontos de troca no Rio.

“É tudo grátis, mas controlado”, explica o coronel Rogério França, gerente de Ingressos dos Jogos Mundiais Militares. “Nós vamos saber para quem estamos entregando as entradas. O limite de dois por CPF é para que todos possam assistir às competições. Mas qualquer escola, clube ou instituição pode entrar em contato através do fale conosco que estudaremos o pedido de ingressos.”