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Judocas medalhistas trocam férias por eventos e buscam inspirar novas gerações

Judocas exibem medalhas conquistadas nos Jogos Olímpicos de Londres - Divulgação
Judocas exibem medalhas conquistadas nos Jogos Olímpicos de Londres Imagem: Divulgação

Júlia Caldeira

Do UOL, em São Paulo

27/08/2012 18h32

Os medalhistas do judô brasileiro em Londres ainda não tiveram tempo para descansar nas férias. O assédio pelas medalhas e a visibilidade agora ocupam boa parte do tempo de Sarah Menezes, Felipe Kitadai, Mayra Aguiar e Rafael Silva.

Nesta segunda-feira, durante tarde de autógrafos no Shopping Villa Lobos, porém, os judocas já voltaram a falar em treinamentos e em competições futuras. Procurados por muitas crianças para autógrafos, fotos e até jogar video game, os atletas buscam usar as medalhas como inspiração para novas gerações de atletas.

"É um orgulho poder estar sendo inspiração para outras crianças, outros futuros medalhistas também. Tem que existir essa substituição, virão outras Mayras, outros Felipes Kitadais. Agora, tem que aproveitar esse carinho, vou levar isso para o resto da vida", afirmou a medalhista de bronze Mayra Aguiar.

Medalha de ouro em Londres, Sarah Menezes acredita que são os bons resultados que podem incentivar o judô pelo país e prevê bom resultado do Brasil nos Jogos do Rio em 2016. "Treinando e trazendo resultados podemos fazer o esporte crescer.  Eu vejo que em 2016 nos vamos conseguir um resultado brilhante. O Brasil todo vai estar torcendo pela gente e vamos em busca disso".

Já Felipe Kitadai, também medalhista de bronze, diz não ser apenas um ícone do esporte, mas também um fã de muitos atletas e ressalta a importância do contato com um ídolo.

"É a melhor coisa que pode acontecer. Eu já fiz parte dali (com as crianças), ainda faço, ainda sou fã de muita gente, muitos atletas são meus ídolos. É muito gostoso sentir que eles consigam chegar perto de mim e é uma coisa que eu queria fazer também, porque eu sei que é muito difícil chegar perto de um ídolo".

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Em clima descontraído, os atletas jogaram video game com as crianças durante o evento. Após perder duas vezes para o mesmo garoto, Kitadai lembra que o que importa é no tatame. "Eu perdi. No tatame as coisas mudam. Já até falei para ele ali: pô, agora a gente vai pro tatame proque eu não estou muito feliz com você não", brincou.

Apesar das brincadeiras, os atletas já pensam nos treinamentos e planejam as próximas competições. "Ainda estou atendendo essas demandas (de eventos) e agora no começo de setembro eu volto a treinar porque em outubro já tem o mundial lá na Bahia", contou Rafael Silva, medalha de bronze em Londres.

Sarah Menezes, por sua vez, quer aproveitar a visbilidade da medalha antes de voltar a rotina de treinamentos. "Não consegui voltar a treinar ainda. A medalha está muito recente. Temos de aproveitar mesmo o momento, curtir, porque em setembro voltamos ao tatame".

Já Kitadai alerta para a importância de voltar logo aos tatames: "Não pode ficar muito tempo parado, porque as pessoas evoluem e a gente não pode ficar para trás".