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Após bronze com as mulheres, Brasil quer dar troco na "metida" França no judô masculino

Rafael Silva, bronze em Londres, quer dar troco na França - Emmanuel Dunand/AFP
Rafael Silva, bronze em Londres, quer dar troco na França Imagem: Emmanuel Dunand/AFP

José Ricardo Leite

Do UOL, em Salvador

27/10/2012 20h03

 

Depois do bronze entre as mulheres, no último sábado, no Mundial de judô por equipes, em Salvador, agora o foco é conquistar o mesmo resultado entre os homens, neste domingo. Esse foi o discurso da comissão técnica logo após o pódio das mulheres.

E o rival que eles querem bater é conhecido: a França, país que venceu os brasileiros, em casa, no Mundial do ano passado. A derrota ainda não é esquecida entre a delegação nacional.

“Pela forma que foi o último Mundial, em que perdemos lá dentro, com estádio lotado e torcida contra, pra gente é sempre muito bom dar o troco, dentro do Brasil, dentro da Bahia, com todo esse axé e calor baiano. Isso saindo de um confronto vencedor contra a França. É uma rivalidade sadia, são duas forças do judô mundial”, falou Ney Wilson, coordenador técnico da equipe.

A França não tem com seu time principal. O maior astro do judô mundial, por exemplo, Teddy Riner, não veio. Mas isso não tira a rivalidade do confronto.

Rafael Silva, o Baby, não vai lutar contra seu principal algoz. Mas ainda assim afirma que a maior rivalidade no judô é atualmente entre brasileiros e franceses. Os japoneses, maiores vencedores da história, estão no segundo plano.

“Primeiro a França, e depois o Japão. Quando ganhamos da França tem um gostinho a mais. Francês tem um jeitinho meio metido assim e gostamos de ganhar deles. São duelos sempre equilibrados”, falou.

Três vezes ouro olímpico individual (com Aurélio Miguel, Rogério Sampaio e Sarah Menezes), o Brasil nunca conquistou até 2012 um Mundial por equipes. Antes, foi prata, quatro vezes, e bronze, uma vez, todas entre os homens.

No Mundial por equipes, há duelo entre países em cinco categorias  Quem vencer três, elimina o adversário. A competição não existe ainda em Jogos Olímpicos, mas existe a chance de ser incluída no programa para 2016, no Rio.

Bronze entre as mulheres

A seleção brasileira feminina de judô venceu a Mongólia por 5 combates a 0, na repescagem, neste sábado, e ganhou a inédita medalha de bronze no Mundial por equipes, realizado na cidade de Salvador.

Até então, o Brasil só tinha subido ao pódio nesta competição entre os homens, que têm quatro pratas e um bronze. No domingo, será realizada a competição masculina.

Erika Miranda, Ketleyn Quadros e Rafaela Silva venceram os três primeiros combates e já deram a medalha ao Brasil. As três venceram por ippon. Depois, Maria Portela venceu por yuko, enquanto Maria Suelen venceu a última por ippon, quando o duelo já estava liquidado.

Campeã olímpica na categoria até 48 kg, Sarah Menezes lutou na categoria de cima, até 52 kg. Mas só no primeiro duelo, contra o México. Depois, deu lugar a Érika Miranda, que ganhou seus três combates, diante de Japão, Turquia e Mongólia, todos por ippon.

“Tentávamos há muitos anos esta medalha por equipes e agora, finalmente, conseguimos. E o melhor, dentro do Brasil”, falou a lutadora do Piauí.