Judô brasileiro investe R$ 27 mi para receber o maior Mundial da história
O Mundial de judô será o ponto de largada olímpico dos grandes eventos no Brasil rumo aos Jogos Rio-2016. O ginásio do Maracanãzinho receberá a principal competição da modalidade no fim de agosto com metas ousadas: participação recorde de 150 países e um investimento de R$ 27 milhões divididos entre o Governo Estadual do Rio de Janeiro e os patrocinadores do torneio.
“Desde o início do projeto do Mundial, há três anos, até a sua conclusão, serão investidos em torno de R$ 27 milhões”, afirmou o presidente da CBJ (Confederação Brasileira de Judô) ao UOL Esporte, antes de também ressaltar que o evento irá “gerar dois mil empregos diretos e indiretos”.
A competição será disputada entre 26 de agosto e 1º de setembro, com expectativa de dez mil pessoas por dia no local. Para lotar o ginásio, a organização do Mundial optou por não cobrar preço de entrada, distribuindo os ingressos em postos oficiais ainda não anunciados.
O diretor executivo do Mundial, Maurício Santos, também revelou que 40% da carga de bilhetes será distribuída para crianças de escolas públicas do Rio de Janeiro como forma de incentivo ao esporte. “O projeto Lotação Esgotada vai cuidar do transporte, do lanche, e outras coisas para as crianças. A ação visa a popularização do judô entre os mais novos”, comentou.
Até o momento, 80 países já confirmaram inscrição no Mundial. Mas a própria FIJ (Federação Mundial de Judô) espera que o número seja quase duas vezes maior, superando o Mundial de 2011, na França, que contou com atletas de 132 nações.
O número de turistas na capital também deve ter um aumento relevante no período da competição. Ao todo, a rede hoteleira oficial do evento conta com 18 estabelecimentos para atender somente as duas mil pessoas diretamente ligadas ao campeonato, como atletas, técnicos, dirigentes e jornalistas.
Vale lembrar que esta é a segunda vez que o Brasil recebe um Mundial. Em 2007, o evento foi sediado na Arena HSBC, e o país cravou sua melhor campanha na história da competição com três ouros e um bronze.
A expectativa, porém, é que a marca seja superada no próximo mês. Isso porque pela primeira vez o Brasil entra no torneio com três líderes do ranking mundial - Sarah Menezes, Mayra Aguiar e Victor Penalber -, além de ter atletas no top 10 em quase todas as categorias masculinas e femininas.
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