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Brasil recebe Mundial de judô para testar status de maior potência do mundo

Sarah Menezes é uma das maiores esperanças brasileiras no Mundial de judô no Rio - José Ricardo Leite/UOL
Sarah Menezes é uma das maiores esperanças brasileiras no Mundial de judô no Rio Imagem: José Ricardo Leite/UOL

Rodrigo Farah e Rodrigo Paradella

Do UOL, em São Paulo e no Rio de Janeiro

24/08/2013 12h03

O judô brasileiro nunca foi tão favorito em uma competição de alto nível como agora. Líder absoluto do ranking da modalidade, o país sediará o Campeonato Mundial a partir da próxima segunda-feira, no Rio de Janeiro, pressionado pelo status de novo protagonista da arte marcial. Não só isso, como o torneio no ginásio do Maracanãzinho será o ponto de largada dos testes olímpicos rumo a Rio-2016.

A seleção verde-amarela entra na disputa dentro de casa com nada menos do que cinco líderes do ranking mundial - Sarah Menezes, Mayra Aguiar, Maria Suelen Altheman, Victor Penalber e Rafael Silva -, além de um total de 18 atletas no Top 10 das respectivas categorias (sendo que nem todos lutarão no campeonato). Números que colocam o Brasil à frente de qualquer outra nação, incluindo França e Japão.

“Isso é uma coisa que nunca aconteceu na história, temos cinco atletas no topo do ranking. Estão fazendo ótimo investimento nos atletas, fazendo intercâmbios. Antes só pegávamos no quimono de um campeão olímpico em competições. Hoje, quando entramos para competir, não nos surpreendemos tanto”, avaliou a peso pesado Maria Suelen Altheman.

Mas apesar do favoritismo, a meta do Brasil não será das mais fáceis. Isso porque a seleção entra no torneio querendo cravar a melhor campanha do país na história do evento. Para isso, acontecer, os judocas terão que superar o rendimento do Mundial de 2007, justamente o último sediado em solo nacional. Na ocasião, a equipe conquistou três medalhas de ouro e uma de bronze na Arena HSBC.

“Creio que agora temos uma possibilidade grande de bater esse número de 2007. Não é tão fácil, mas acredito porque a seleção feminina está em boa fase, equilibrou com o masculino. Isso facilita esse recorde. Está todo mundo preparado para chegar a esses quatro ouros. Vamos sair felizes da vida”, comentou o gaúcho João Derly, um dos atletas que venceu o Mundial seis anos atrás.

Se depender do apoio da torcida, a tarefa tem tudo para ser cumprida. A organização do torneio distribuiu as entradas de graça e todos os dez mil ingressos por dia foram esgotados. Quatro mil serão destinados a crianças de escolas públicas do Rio de Janeiro como parte de um projeto da Confederação Brasileira de Judô.

“O Mundial trará representantes de cerca de 150 países ao Brasil, aproximadamente duas mil pessoas entre atletas, dirigentes, técnicos e jornalistas, com permanência em torno de dez dias e utilização de 18 hotéis da rede hoteleira do Rio, gerando mais de dois mil empregos diretos e indiretos”, explicou o presidente da CBJ, Paulo Wanderley Teixeira, em entrevista ao UOL Esporte.

Para completar o evento, a cerimônia de abertura contará com a participação da cantora Anitta, que cantará o hino nacional. O campeonato começará na segunda com a disputa do peso ligeiro até os pesados no sábado da semana que vem - a competição por equipes será no domingo. O canal SporTV transmitirá todas lutas ao vivo.

Confira a programação completa do evento:

Segunda (10h) - 60kg e 48kg
Terça (10h) – 66kg e 52kg
Quarta (10h) – 73kg e 57kg
Quinta (10h) – 81kg e 63kg
Sexta (10h) – 90kg, 70kg e 78kg
Sábado (9h) – 100kg, +100kg e +78kg
Domingo (9h) – Competição por equipes