Sarah Menezes quer 'ippons-relâmpago' para evitar pressão em Mundial no RJ
Com o peso de ter sido responsável pela única medalha de ouro do judô brasileiro em Londres-2012, Sarah Menezes já sabe a tática que utilizará na próxima segunda-feira ao subir no tatame do Mundial para evitar que a pressão atrapalhe seu desempenho. Ela quer definir suas lutas o mais rápido possível.
“É simples, só jogar todo mundo de ippon [nome dado ao golpe que define a luta no judô] rapidinho que a pressão será bem menor”, brincou a judoca piauiense. “Quanto mais rápida eu for no tatame, melhor. Meu foco é pegar no quimono das minhas adversárias e jogar logo de ippon”, completou, confiante.
A judoca natural de Teresina-PI passou por um fenômeno curioso após o ouro olímpico em Londres. Logo após a conquista inédita, Sarah perdeu dois patrocinadores que a acompanhavam antes da consagração. A mudança, no entanto, acabou não afetando tanto a atleta.
“Antes da Olímpiada estava com seis patrocinadores, depois do ouro perdi dois. Mas os outros que ficaram melhoraram muito financeiramente. Ainda assim, é sempre bom ter mais parceiros porque nossa luta é diária e a vida no esporte é curta. Temos que pensar a longo prazo”, explicou
Apesar da tática, a atleta não acredita que sofrerá com a responsabilidade de lutar em casa após ter sido a primeira judoca a conquistar um ouro olímpico. Pelo contrário, Sarah acredita que poderá crescer diante da pressão de corresponder à expectativa e conquistar mais um título inédito para mulheres brasileiras: o de campeã mundial de judô.
“Minha família estará aqui me assistindo, bastante gente conhecida. Gosto de lutar com pressão. Não temo essa situação. Para mim, é favorável. Fora isso, temos uma equipe homogênea, com bons resultados, então a pressão acaba sendo dividida. Quando poucos estão bem, a situação é bem mais complicada”, analisou.
Aos 23 anos, Sarah já conta com um currículo extenso no esporte. Além do título olímpico, a judoca já conta com dois bronzes em campeonatos mundiais (2010 e 2011). As marcas a tornam a atleta mais vitoriosa do judô feminino do Brasil.
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