Maria Suellen perde de campeã olímpica e fica com prata no Rio
Maria Suellen Altheman chegou perto, mas não conseguiu superar sua maior rival. Neste sábado, ela foi superada pela cubana Idalys Ortiz, atual campeã olímpica. Foi a quinta derrota da brasileira para a judoca caribenha em cinco lutas pelo circuito mundial.
Não que isso ela tenha entrado já derrotada. O Mundial da brasileira foi brilhante. Ela chegou como líder do ranking mundial e lutou como tal. Foi muito superior a suas duas primeiras rivais, vencendo a primeira por ippon (Gulzhan Ssnova, do Cazaquistão) e a segunda por imobilização (Eunkyeong Kim, da Coreia do Sul).
Na semifinal, mostrou qualidades de número 1 do mundo. Contra a francesa Emilie Andeol, encontrou dificuldades, mas foi melhor e projetou a rival duas vezes. Não conseguiu pontuar, mas acabou vencendo por uma punição.
Na final, acabou sendo imobilizada. "Eu queria ser campeã, mas ainda assim fico feliz com o resultado. Eu era a primeira do ranking, mas enfrentei atletas fortes. Foi bom pra entrar ligada. Cheguei na final e acabei cometendo um deslize. Agora é treinar. Amanhã tem outra competição, no ano que vem tem Mundial", disse a brasileira ao Sportv.
O vice-campeonato mundial, apesar de ter sido fechado com uma derrota, não foi um resultado ruim. Nunca uma peso pesado (+78kg) brasileira tinha decidido um mundial. Mais do que isso, é um resultado que coroa uma temporada brilhante.
Em seis eventos do circuito mundial, ela foi ao pódio em todos eles. Chegou à final em cinco. E venceu três, incluindo dois Grand Slams, os torneios mais importantes do calendário depois de Mundiais e Olimpíadas.
A medalha de prata a deixa, também, em pé de igualdade com seu marido, o vice-campeão olímpico Carlos Honorato. Ele tem uma prata em Olimpíadas, mas nunca atingiu uma final de Mundial. Suellen, que estreou nas Olimpíadas em 2012, ainda não atingiu sucesso nos Jogos, mas já fez mais em Mundiais – o melhor resultado de Honorato foi um bronze, em 2003.
Com a medalha de Rafael Silva, o Brasil completa seu melhor mundial em número de medalhas. Somando o ouro de Rafaela Silva (57kg), a prata de Erika Miranda (52kg) e os bronzes de Sarah Menezes (48kg) e Mayra Aguiar (78kg) às conquistas de sábado, são seis medalhas. Antes, o melhor Mundial era Paris-2011, em que o país foi ao pódio cinco vezes (mas não levou nenhum ouro).
Considerando apenas as mulheres, o Brasil terminou como o melhor país, com cinco medalhas (1 ouro, 2 pratas e 2 bronzes). França, Japão, Alemanha e Holanda vieram logo atrás, com três pódios (e nenhum ouro). "A Confederação Brasileira sempre batalhou para isso e ficamos feliz de estar à frente. Antes, as japonesas eram imbatíveis, mas com trabalho tiramos essa diferença. É mérito da CBJ e da nossa técnica, a Rose (Rosicléia Campos, que está afastada após ter um filho)", comemora Suellen.
O torneio pode ser ainda melhor. No domingo, será realizada a disputa por equipes. O Brasil estreia, no masculino e no feminino, contra a Alemanha.
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