Rafael Silva perde final e francês vira maior vencedor da história do judô
Rafael Silva enfrentou um gigante. Perdeu, mas sai do Mundial do Rio de Janeiro com a cabeça erguida. O gigante de 2,04m e 170 kg foi vice-campeão, feito inédito entre os pesos pesados do Brasil e melhor resultado da equipe masculina nesta edição da competição – antes dele, o melhor desempenho tinha sido o quinto lugar de Charles Chibana na categoria até 66kg.
Na decisão, o algoz foi o francês Teddy Riner, que venceu por imobilização após derrubar o brasileiro. "Estou triste com a prata. Mas vou continuar trabalhando, visando os Jogos de 2016. Quero agradecer aos amigos, ao meu clube, o Pinheiros, e à Confederação", disse o atleta, logo após a luta, ao Sportv.
Perder para Riner, no entanto, não é demérito. Aos 24 anos, o francês se tornou o maior nome que o judô já viu em Campeonatos Mundiais. Com o título deste sábado, ele já soma seis títulos. O Brasil, por exemplo, tem apenas cinco ouros na história da competição - dois com João Derly e um com Rafaela Silva, Tiago Camilo e Luciano Corrêa.
Mais do que isso: o judoca mantém uma incrível invencibilidade de quase três anos, algo praticamente inimaginável num esporte em que líderes do ranking mundial são batidos com relativa frequência. Sua última derrota foi em 2010, no Mundial de Tóquio. Após ser campeão entre os peso pesados na mesma semana, ele ficou com medalha de prata no absoluto (disputa aberta para todos os lutadores) por decisão dos juízes. A derrota para Daiki Kamikawa, do próprio Japão, revoltou o francês, que chegou a se retirar durante a premiação do torneio em protesto. Antes disso, o último tropeço havia sido em 2008, dois anos antes.
Quase tão impressionante quanto é a sequência de resultados de Rafael Silva. Nos últimos quatro anos, ele venceu 12 torneios do circuito mundial. Foram 32 pódios no mesmo período, incluindo o bronze dos Jogos Olímpicos do ano passado, em Londres.
Foi a segunda vez que um peso-pesado brasileiro chegou a uma medalha em Campeonatos Mundiais. O primeiro tinha sido o carioca Gabriel Schlitler, que conquistou o bronze em 2007, na última vez que o torneio foi disputado no Rio de Janeiro.
Com a prata de Rafael Silva, o Brasil completa seu melhor mundial em número de medalhas. Somando a medalha de Maria Suelen Altheman (+78kg), também neste sábado, com o ouro de Rafaela Silva (57kg), a prata de Erika Miranda (52kg) e os bronzes de Sarah Menezes (48kg) e Mayra Aguiar (78kg), são seis medalhas. Antes, o melhor Mundial era Paris-2011, em que o país foi ao pódio cinco vezes (mas não levou nenhum ouro).
O torneio pode ser ainda melhor. No domingo, será realizada a disputa por equipes. O Brasil estreia, no masculino e no feminino, contra a Alemanha.
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