Veja dez campeões do Pan com chance de fazer bonito na Olimpíada
Os Jogos Olímpicos de Tóquio serão disputados em um ano, e o Pan de Lima serviu de treinamento para algumas modalidades e para dar experiência para atletas mais novos e, claro, avaliar qual o nível de desempenho dos esportistas brasileiros. Mesmo com o peso menor dado à competição das Américas, há atletas que se destacaram e devem fazer bonito em 2020.
Assim, o UOL Esporte separou dez nomes para você ficar de olho na preparação rumo a Tóquio. Em alguns casos, o Pan foi o grande chamariz de suas temporadas. Em outros, seu resultado e/ou desempenho vieram para corroborar uma curva de evolução. Passamos aqui por diversas modalidades, numa prova de diversidade no atual momento do Time Brasil. Tradicionais e concorridas modalidades como natação e atletismo ganham a companhia de taekwondo, tênis de mesa e outros esportes com bons candidatos.
Há também, claro, aqueles que por algum motivo não foram tão bem no Pan, mas de que se espera grandes feitos olímpicos, por seu currículo e potencial. Caso de Arthur Zanetti, uma estrela nas argolas da ginástica artística. Ele foi prata em Lima e saiu insatisfeito.
Outros veteranos fizeram bonito. Como não falar de Rafaela Silva e Mayra Aguiar no judô? As duas conquistaram suas primeiras medalhas de ouro em Pan-Americanos e seguem com grandes chances de pódio olímpico.
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Ana Marcela Cunha - maratona aquática
Uma das maiores apostas de medalha do Brasil daqui um ano é a nadadora soteropolitana. Na maratona aquática do Pan, ela não tomou conhecimento das adversárias e terminou os 10km com relativa tranquilidade - só não diga isso a ela. No Mundial, o quinto lugar nessa distância ainda está entalado na garganta da tetracampeã da prova de 25km, mas a vaga em Tóquio está garantida. Ana Marcela quer conquistar seu primeiro pódio olímpico depois da chance escapar em 2016. Por isso, se inspira até em Muricy Ramalho: não se cansa de trabalhar. Leia mais
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Bruno Fratus - natação
Bruno Fratus saía da piscina do Pan nervosíssimo a cada segundo a mais que demorava para completar uma prova, mas deu a medalha de ouro ao Brasil nos 50m livre e ainda conquistou o lugar mais alto no revezamento brasileiro dos 4x100m livre. O experiente nadador é, sim, esperança de medalha na Olimpíada de Tóquio. Nem tanto pelo resultado nos Jogos Pan-Americanos, mas principalmente pelo que conseguiu no Mundial da Coreia do Sul, semanas antes da competição em Lima. Fratus foi vice-campeão mundial nos 50m livre com o tempo de 21s45. A marca daria a medalha de bronze na Rio-2016 ao brasileiro. Leia mais
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Caio Souza - ginástica artística
Chico Barretto levou três ouros, mas Caio ganhou o de individual geral. De todo modo, é difícil apontar um só nome na equipe campeã pan-americana, a mesma da qual Arthur Zanetti faz parte. Caio mostrou em Lima toda sua versatilidade, reforçando o Brasil está bem encaminhado rumo a Tóquio. Mas aqui também poderíamos falar facilmente sobre Arthur Nory, medalhista olímpico que voltou a competir em todos os aparelhos no Pan após tratamento para um problema sem cura no joelho. O Pan serviu principalmente para a ginástica masculina do Brasil chegar ao Mundial da modalidade, em outubro, com força para conquistar a vaga olímpica.
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Darlan Romani - atletismo
A medalha de ouro no Pan era esperada. Isso está certo. O que ninguém imaginava era que o catarinense precisasse superar também uma garganta infeccionada e febre acima de 40 graus para vencer mais uma final do arremesso de peso. Darlan já é desde já um dos grandes nomes do país para Tóquio. Ele é o número dois do ranking mundial de seu esporte e fez todas as seis melhores marcas da prova de Lima. Como se não bastasse, bateu o recorde pan-americano da prova com a marca 22,07m. E não estava nem na melhor forma. Leia mais
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Hugo Calderano - tênis de mesa
É a grande esperança do Brasil na modalidade para Tóquio e em muito tempo. No Pan, o número seis do mundo sobrou e conquistou o ouro tanto no torneio individual (se sagrando bicampeão) e como no de duplas. Nas equipes foi outra história, é verdade, embora tenha feito sua parte - ele saiu de Lima invicto nas três chaves e ainda conseguiu a vaga olímpica. Em 2018, ele foi o primeiro brasileiro ser finalista do Circuito Mundial, no Aberto do Qatar. Tudo isso aos 23 anos de idade apenas. Leia mais
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Isaquias Queiroz - canoagem
O maior multimedalhista olímpico brasileiro chegou ao Pan definitivamente inserido na lista dos favoritos ao ouro, e confirmou que é um dos melhores do mundo naquilo que faz. O brasileiro foi medalha de ouro no C1 1000. Nas duplas, porém, uma infelicidade: seu parceiro Erlon Souza passou mal e não conseguiu completar a prova. Pensando na Olimpíada, com escala em um Mundial, Isaquias tem 700 horas de treino deixadas pelo seu ex-treinador, o espanhol Jesus Morlãn, que perdeu a batalha contra o câncer em novembro de 2018. Ele deixou, porém, uma planilha detalhada de preparação para o pupilo, numa dessas histórias de abnegação e vínculos intensos do esporte. Leia mais
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Marlon Zanotelli - hipismo
Campeão inédito na disputa de altos, com a montaria Serene de La Motte, o maranhense também ajudou seus compatriotas na conquista do título por equipes. Em Lima, ele superou a amazona americana Elizabeth Madden (bronze), que é a número seis do mundo. Zanotelli vem conseguindo bons resultados em provas na Europa e é o atual número 42 do mundo. Se busca ainda mais regularidade na temporada, já mostrou que, num dia bom, pode competir de igual para igual com quem quer que seja. Leia mais
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Mayra Aguiar - judô
A experiente judoca vive grande momento para chegar bem a Tóquio.É a número um do ranking mundial em sua categoria, até 78kg, algo que comprovou em Lima com a conquista de seu primeiro ouro pan-americano. Ela foi dominante em suas lutas. A gaúcha já tem duas medalhas olímpicas, lembremos. Agora, na capital peruana, ressaltou que nunca esteve tão bem física e mentalmente. Seria a trilha para fazer uma final olímpica e sair triunfante? Leia mais
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Milena Titoneli - taekwondo
Você pode estranhar a presença da lutadora aqui, em meio a tantas estrelas do esporte olímpico brasileiro. Compreensível. Mas a jovem de 21 anos ganhou seu espaço com uma bela conquista na categoria até 67kg em Lima, derrotando a americana Paige McPherson, a sexta melhor do mundo. E não é que tenha sido ao acaso. Milena vem subindo no ranking e ocupa agora o 12o lugar. Em 2018, foi medalha de bronze no Mundial do esporte. Também no taekwondo vale menção a Netinho Pontes, de grande potencial, ouro em Lima e número 13 do ranking até 68kg. Leia mais
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Rafaela Silva - judô
A judoca é atual campeã olímpica da categoria até 57kg, mas teve uma queda de rendimento após a conquista em 2016 que poderia colocar em risco a continuidade no ciclo. Houve um problema de desconcentração, nas suas próprias palavras. Em Lima, Rafaela confirmou que deu a volta por cima. O ano de 2019 tem sido impecável, e a medalha de ouro no Pan, a primeira da carreira nesse evento (curiosamente o mesmo caso de Mayra), veio para coroar a boa fase. Agora, segue para o Mundial para passar esse recado aos outros continentes. Leia mais