Campeão mundial, pugilista tem familiares mortos e desaparecidos
O pugilista Andre Berto não está totalmente concentrado nos treinamentos para a luta que unificará o título dos meio-médios, no dia 30 deste mês. O boxeador, dono do cinturão do Conselho Mundial de Boxe (WBC), tem passado os últimos dias preocupado com sua família, no Haiti, país devastado por um terremoto na terça-feira.
TRAGÉDIA NO HAITI
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Terremoto devastou a cidade de Porto Príncipe e deixou atletas sem notícias de parentes no Haiti
Na terça-feira, o Haiti sofreu os efeitos de um terremoto que atingiu 7 graus de magnitude e foi devastado. Até esta quarta-feira, 12 brasileiros que viviam no local morreram em decorrência do tremor de terra – uma das vítimas fatais foi Zilda Arns, de 75 anos, fundadora e coordenadora da Pastoral da Criança e da Pastoral da Pessoa Idosa.
Berto, que tem um cartel de 25 lutas e 25 vitórias (sendo 19 delas por nocaute), nasceu nos Estados Unidos. Contudo, seus pais são de nacionalidade haitiana, e o atleta tem grande ligação com o país caribenho – o pugilista, inclusive, defendeu o país nos Jogos Olímpicos de Atenas-2004 e possui uma fundação de caridade com escritórios na capital Porto Prince.
“Estou devastado por tudo o que aconteceu no Haiti”, disse Berto, à ESPN.com. “Como todo mundo sabe, tenho muitos familiares por lá e representei a bandeira do país nas Olimpíadas de 2004. Minha família e eu estamos trabalhando para encontrar nossos entes queridos que ainda estão desaparecidos. Já fomos informados também que parentes perderam a vida”, acrescentou.
Responsável pela promoção da carreira de Berto, Lou DiBella relatou o momento difícil por que passa o pugilista. “O Andre tem forte identificação com o Haiti e está envolvido nas causas do país por muito tempo. O escritório de sua fundação foi arruinado e membros do lado paterno de sua família estão mortos e, presumidamente, mortos. É uma situação muito ruim”, disse.
DiBella, porém, diz que Berto tenta se manter o ritmo dos treinamentos para a luta em Las Vegas, dentro de aproximadamente duas semanas contra o norte-americano Shane Mosley. “Os treinos estão muito duros e o Andre está fazendo de tudo para chegar ao combate com a cabeça tranquila. Contudo, acho que ele também vai destinar parte de sua atenção para a luta, pois sabe que uma vitória será muito importante para a população haitiana”, finaliza o agente.
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