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Campeã do clã Gracie, Kyra revela machismo da própria família no início da carreira

Do UOL Esporte

Em São Paulo

14/07/2010 08h51

Entre tantos homens famosos nos ringes vindos da família Gracie, uma mulher também leva a tradição do clã à diante. Kyra Gracie, bisneta do pioneiro Carlos Gracie, é a única mulher faixa-preta da família.

“Quando nasce um homem na família, todos os Gracie se empolgam: é mais um que vai honrar o nome. Quando nascia uma mulher, era mais uma para preparar a dieta Gracie”, brinca, em entrevista ao Jornal da Tarde.

A entrada de Kyra no mundo competitivo das artes não foi vista com bons olhos pela própria família, referência na luta. Mesmo com o machismo dos familiares, ela continuou e hoje se orgulha de ser tetracampeã mundial de jiu-jítsu.

“No começo, eles [família] me apoiaram porque acharam que era brincadeira. Quando viram que era sério, disseram que era para eu deixar a luta com os homens. Mas bati o pé e continuei. Depois que comecei a competir e a me destacar, eles deram o braço a torcer e passaram a me apoiar”, completou.

Apesar da imagem de força que os lutadores passam, Kyra revela um segredo: os homens são muito mais “frescos” que as mulheres nos treinamentos. “Qualquer dorzinha que sentem já querem interromper a luta”, diz campeã, que após parar de competir espera ser mentora da atividade para meninas. “Quero formar campeãs depois de parar”, finalizou.