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Escândalo de apostas aproxima lutadores de sumô e criminosos japoneses

Do UOL Esporte

Em São Paulo

12/08/2010 13h05

O chefe da Associação Japonesa de Sumô, Musashigawa, pediu demissão nesta quinta-feira após a revelação de uma rede de apostas em jogos profissionais de beisebol envolvendo os principais lutadores e treinadores do país, intermediado por gângsteres japoneses.

Musashigawa, um famoso ex-campeão de sumo, foi substituído na chefia da associação por outro ex-atleta, Hanaregoma. A sua saída é uma tentativa da entidade de reconquistar a confiança dos torcedores de sumô depois do escândalo de apostas que envolveu lutadores e o crime organizado japonês. “Nós estamos enfrentando uma série de problemas. Eu gostaria de resolvê-los um por um”, afirmou o substituto.

Uma investigação criminal foi instaurada para analisar vários treinadores e lutadores do primeiro escalão que teriam apostado dezenas de milhares de dólares em jogos de beisebol profissional, usando gângsteres como intermediários das ações. Os criminosos teriam, também, financiado a construção de centros de treinamento para sumô.

No ano passado, uma série de pessoas ligadas ao crime adquiriram assentos na primeira fila em um tradicional torneio de sumô para que fossem vistos nas transmissões de TV, no intuito de animar os espíritos de colegas que estariam dentro da prisão. Lutas são um dos poucos conteúdos da televisão permitidos em prisões japonesas.

Um dos esportes mais populares do Japão, a prática do sumô remonta ao período imperial japonês e até os dias de hoje conserva uma série de tradições centenárias. O país asiático é o único onde o esporte é praticado profissionalmente.