18/11/2009 - 07h03

Contra estrela, José Aldo tenta recolocar Brasil entre os campeões do WEC

Do UOL Esporte

Em São Paulo

BRASILEIRO DISPUTA CINTURÃO DO WEC

Brasileiro José Aldo vem de 5 nocautes seguidos
Mike Brown já defendeu duas vezes seu cinturão

NOVA POLÊMICA COLOCA EM XEQUE JUÍZES DO UFC

Pouco mais de dois anos depois de Hermes França ter vencido Nathan Diaz e mantido o cinturão dos leves, o Brasil pode voltar a ter nesta quarta-feira um campeão do WEC, o primeiro nesta nova fase do torneio. O carioca José Aldo entra no octógono do World Extreme Cagefighting para enfrentar a estrela norte-americana Mike Brown pelo título dos pesos penas do torneio de leves dos donos do UFC.

Aos 23 anos, Aldo é uma das maiores sensações do evento. O lutador nascido no Rio de Janeiro tem apenas uma derrota em uma carreira de 16 lutas em torneios de MMA. Dentro do próprio WEC, está com o impressionante histórico de cinco vitórias consecutivas por nocaute, marca que o colocou na disputa pelo título.

“As minhas expectativas são as melhores possíveis, estou treinando muito para fazer uma excelente luta. Meus fãs podem esperar o melhor de mim e vou representar o Brasil muito bem. Venho estudando os pontos fortes dele. Ele tem o wrestling muito bom e em pé ele é bem perigoso”, disse o brasileiro, em entrevista à revista Tatame.

UM POUCO DA HISTÓRIA DO WEC

O World Extreme Cagefighting surgiu em 2001 para fazer frente aos grandes torneios de MMA do mundo na época, como o UFC e o Pride. Com um ringue em forma de pentágono, chegou a ter como campeões proeminentes nomes do vale-tudo como Frank Shamrock, James Irvin, Brandon Vera e o brasileiro Paulo Filho. Mas em 2006, o WEC acabou sendo comprado pela Zuffa, empresa dos irmãos Fertitta que também é proprietária do UFC. Os novos donos colocaram um octógono como ringue e extinguiram as categorias similares às do UFC, exceto os pesos leves (até 70 kg), absorvendo para o torneio principal os lutadores que faziam parte do WEC. Dessa forma, ele se tornou a competição de pesos leves da Zuffa, concentrando alguns dos principais lutadores do mundo entre 70 e 57 kg. Mas WEC pode estar perto do fim. Rumores dão conta de que Zuffa deve unir seus dois eventos, mantendo só o nome do UFC, para que a empresa consiga cobrir a demanda de 20 eventos major em 2010, aumento já alardeado por Dana White, presidente do UFC. A fusão deve ser anunciada até março do próximo ano, com o maior torneio de MMA do mundo ganhando categorias mais leves.

O World Extreme Cagefighting surgiu em 2001 para fazer frente aos grandes torneios de MMA do mundo na época, como o UFC e o Pride. Com um ringue em forma de pentágono, chegou a ter como campeões proeminentes nomes do vale-tudo como Frank Shamrock, James Irvin, Brandon Vera e o brasileiro Paulo Filho.

Mas em 2006, o WEC acabou sendo comprado pela Zuffa, empresa dos irmãos Fertitta que também é proprietária do UFC. Os novos donos colocaram um octógono como ringue e extinguiram as categorias similares às do UFC, exceto os pesos leves (até 70 kg), absorvendo para o torneio principal os lutadores que faziam parte do WEC. Dessa forma, ele se tornou a competição de pesos leves da Zuffa, concentrando alguns dos principais lutadores do mundo entre 70 e 57 kg.

Mas WEC pode estar perto do fim. Rumores dão conta de que Zuffa deve unir seus dois eventos, mantendo só o nome do UFC, para que a empresa consiga cobrir a demanda de 20 eventos major em 2010, aumento já alardeado por Dana White, presidente do UFC. A fusão deve ser anunciada até março do próximo ano, com o maior torneio de MMA do mundo ganhando categorias mais leves.

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Mas o adversário do brasileiro será um dos maiores ídolos do MMA nos Estados Unidos. Apontados pelos rankings dos principais sites especializados como melhor lutador dentre os penas, Mike Brown está invicto há dez lutas e já defendeu seu cinturão por duas vezes seguidas, com vitórias sobre Leonard Garcia e Urijah Faber.

“Finalmente estou me sentindo favorito, o que não aconteceu antes minhas últimas lutas. Mas não sei porque, mas algumas pessoas não acreditam nisso. Essa luta será um pouco diferente das últimas, quando era o azarão. Agora estou em um momento diferente. Me sinto muito bem na confiança das pessoas em mim”, disse o campeão.

Faixa preta em jiu-jitsu, mas com uma base muito boa em muay thai – como provou em seus últimos nocaute – José Aldo sabe que terá problemas para enfrentar o wretling e o boxe de Mike Brown, que luta pela tradicional academia American Top Team.

“Não vejo um lugar específico onde eu possa vencer a luta, por isso tenho me preparado bem em todas as modalidades, dando mais ênfase a parte em pé e ao chão, além de treinar um pouco de wrestling também. Estou 100%, pronto para qualquer situação e o público pode esperar de mim uma boa luta”, completou o lutador brasileiro.

A 44ª edição do WEC acontece nesta quarta-feira, a partir das 00h (de Brasília), no hotel The Pearl at The Palms em Las Vegas e terá transmissão ao vivo pelo canal em pay-per-view Combate.