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Divulgação/UFC

Anderson Silva x Demian Maia: estilos diferentes dentro do octógono

09/04/2010 - 07h04

No UFC 112, Anderson mira reinado e Maia, coroação; confira as frases dos rivais

Do UOL Esporte
Em São Paulo
  • O UFC tenta ampliar cada vez mais o domínio no mundo das lutas. E um dos passos mais ousados desta expansão acontece neste sábado , quando a franquia chega pela primeira vez ao Oriente Médio.

A grande luta do UFC 112, marcado para este sábado, às 14h, em Abu Dhabi (transmissão do canal Combate), envolve Anderson Silva e Demian Maia. Os dois não poderiam ser mais diferentes dentro do octógono.

O “Aranha” é um dos melhores da história do UFC, bateu recordes e é conhecido por sua luta em pé, seus chutes e golpes rápidos. Maia é o clássico fruto da escola do “Brazilian Jiu-Jitsu”: busca sempre o chão, a imobilização. Veja como cada um luta nos vídeos abaixo e confira as entrevistas que os dois deram antes do evento:

ANDERSON SILVA
DEMIAN MAIA
Belfort é um cara de luta em pé, de troca de golpes. Maia é lutador de chão, jiu-jitsu. Você teve tempo para mudar a preparação e adaptá-la a estilos diferentes?
A gente não teve muito tempo. Mas luta é luta e vamos lá. Sou campeão do UFC e sempre trabalho para vencer. Vou fazer o que treinei, procurar imprimir o meu plano de luta.

Antes, falavam que você e o Vítor eram colegas de treino, mas o relacionamento mudou. O que aconteceu? Existe alguma briga entre vocês?
Eu não tenho conflito com ninguém. Pelo contrario. Luta é luta e o Vitor está lá para lutar e fazer o trabalho, como eu e todos os outros do UFC. Nada mudou [na relação]. Meus amigos, todos sabem quem são. E as pessoas com quem treino também. O Vitor apenas usava nosso espaço físico. Nada além disso.

Muito se fala sobre você lutar em outras categorias. Chegou a hora de subir?
Eu sou campeão de uma categoria e vou continuar treinando para me manter campeão dessa categoria. É assim que um vencedor precisa pensar. Mas eu luto em mais de um peso. Estou me preparando para isso. Independentemente dessa luta [contra Maia], vamos pensar nos próximos desafios. Com certeza vou lutar na categoria acima [meio-pesados] mais vezes. Mas agora estou focado nessa categoria, em manter meu cinturão e vou ficar nela por mais algum tempo.

Lutar entre os pesados é uma realidade muito distante ainda?
Isso está nos meus planos. A gente está em fase de teste, buscando a adaptação para novas situações. E o grande desafio é lutar entre os pesos pesados.

A falta de rivais na sua categoria é que motiva esses planos?
Pelo contrário. Tenho muitos rivais aqui. Muitos adversários bons, alguns melhores do que eu. A prova disso é o próprio Demian, que está ganhando essa oportunidade. É uma grande luta. Sobre minha carreira, pretendo chegar onde me propus a chegar. Todo o trabalho é feito pensando nisso. Quero lutar nas três categorias [médio, meio-pesado e pesado] e fazer história dentro do que planejei.

Você já declarou que considera o Anderson Silva o melhor do mundo. É mais difícil se preparar para encarar alguém que você considera forte?
Eu já estive em uma situação parecida antes. Em 2005, eu lutei a Copa do Mundo de jiu-jitsu. Ia enfrentar o melhor lutador daquela época [Ronaldo Jacaré]. E eu já tinha sido derrotado por ele. O cara era bom de pé, era bom no chão e eu estava pensando: “Como é que eu vou fazer para ganhar?” Mas eu entrei na luta muito concentrado e terminei como campeão da Copa do Mundo naquele ano. Venci o cara que foi considerado o melhor do mundo em 2004 e 2005. É a mesma situação agora. Acho que essa experiência vai me ajudar.

O Anderson tem uma relação muito próxima com os irmãos Nogueira e, por isso, você não treinou com eles para esse combate. Isso prejudicou sua preparação?
Todos sabem que Rodrigo e Rogério sempre me ajudaram, antes mesmo de eu chegar ao UFC, quando eu lutava jiu-jitsu. Eu tenho treinado com eles há bastante tempo e sei que são duas pessoas muito legais. O Rodrigo tem um dos maiores corações que já vi. É uma das melhores pessoas do mundo da luta. Eu sei que, agora, não posso treinar com eles porque vou enfrentar um membro do time deles. Mas isso não é problema. Eu tenho os meus treinadores e me preparei bem. Mas sei que, quando puderem, os dois voltarão a me ajudar.

Você estava invicto no MMA até perder para Nate Marquardt (UFC 102), por nocaute. Essa derrota te abalou?
Eu já estou pronto para outra. Eu sei que todo mundo passa por isso em um momento da carreira. Todos que estão no UFC ou já perderam, ou vão perder. O segredo é seguir em frente e eu fiz isso. Recebi uma grande chance na vida e farei de tudo para vencer.

Você mostrou evolução em seu combate seguinte, contra Dan Miller (UFC 109). O que mudou no seu estilo?
Depois da derrota, eu percebi que era necessário me dedicar mais à troca de golpes. Para esta luta, eu também me preparei para isso. O que eu mais desenvolvi foi controlar a distancia da trocação. Saber medir a distância que você tem que manter pro seu adversário.

 

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