![]() Fabrício Werdum e Fedor Emelianenko (d) se encaram antes do Strikeforce de sábado |
Com um grande número de estrelas e eventos grandiosos a cada três semanas, aproximadamente, o UFC se estabeleceu como maior evento de MMA do mundo. Mas, para quem gosta de vale-tudo, não é só nos cards organizados por Dana White que estão as boas lutas. Para tentar provar isto - e se possível superar o rival - o Strikeforce colocará neste sábado suas duas maiores estrelas no octógono.
Em San Jose (EUA), a partir das 22h (de Brasília, com transmissão da rede HBO no Brasil), Fedor Emelianenko lidera a programação. Considerado um dos melhores lutadores da atualidade, ele terá pela frente um brasileiro, o gaúcho Fabrício Werdum na categoria pesado.
Cyborg volta ao ringue para defender seu cinturão pela 2ª vez desde que o conquistou ao vencer Gina Carano
Outra brasileira, mas com papel de protagonista, é Cris Cyborg, a primeira campeã da história do Strikeforce, com o cinturão criado em 2009. Ela enfrenta a norte-americana Jan Finney, num desafio teoricamente fácil, pelo cartel da adversária.
É com estes dois astros do MMA que não figuram nos ringues do UFC que o Strikeforce faz sua aposta. No entanto, o retrospecto de Finney para o desafio feminino breca este ímpeto.
A norte-americana tem um cartel de oito vitórias e sete derrotas, bem abaixo das nove vitórias em dez lutas de Cyborg. A brasileira da categoria pena conquistou seu título ao vencer Gina Carano por nocaute no último mês de agosto. Em janeiro deste ano, defendeu o cinturão contra Marloes Coenen, da Holanda, mas a falta de adversárias de seu nível pode virar um fator negativo para no futuro.
Ainda assim, a brasileira não espera um caminho fácil. “Sei que Jan Finney virá para vencer. Não tenho um plano específico, mas estou preparada para tudo. Verei como o combate começa e partirei daí. Espero uma luta dura”, disse ela, que acrescentou. “Estou ansiosa em voltar ao cage e é uma honra estar no mesmo card que Fedor.”
Já Fedor, que faz concorrência a Anderson Silva como o melhor lutador de MMA da modalidade, tem apenas uma derrota na carreira, com 32 vitórias, sendo apenas sete por pontos.
O russo viveu um momento de dúvidas sobre sua carreira, principalmente por parte dos torcedores. A recusa em assinar com o UFC foi vista como um possível temor pela possibilidade de perder seu reinado no vale-tudo. No entanto, o cartel mostra a força de Fedor, que em novembro passado venceu por nocaute seu último duelo, diante do norte-americano Brett Rogers.
Mas, assim como Cyborg, o rival de Fedor não é dos mais fortes. Werdum tem quatro derrotas e um empate em 18 combates, sendo que vem de duas vitórias após ser nocauteado por Júnior dos Santos, o Cigano, em 2008. Ainda assim, o rival espera uma grande luta.
“Sempre me interesso em pegar os lutadores do top 10, e Werdum está neste patamar faz tempo. Ele é bom, um cara paciente e inteligente, então será uma luta interessante”, defendeu Fedor.
Caso passe pelo brasileiro, aí sim o russo não deve fugir de um clássico, já que pode enfrentar Alistair Overeem, holandês que é campeão do Strikeforce entre os pesos pesados.
No card preliminar deste sábado, mais um brasileiro tentará a sorte no octógono montado em San Jose. Entre os meio-médios, Vagner Rocha enfrenta o norte-americano Brett Bergmark.
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