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Em UFC de veteranos, Belfort tenta 'apagar' chute de Anderson e mira revanche

Vitor Belfort e Yoshihiro Akiyama (JAP) posam para fotos na coletiva, na Filadélfia - UFC/Divulgação
Vitor Belfort e Yoshihiro Akiyama (JAP) posam para fotos na coletiva, na Filadélfia Imagem: UFC/Divulgação

Maurício Dehò

Em São Paulo

05/08/2011 12h00

A imagem de Vitor Belfort sendo nocauteado por Anderson Silva será lembrada pelos fãs de MMA como uma das principais de 2011. Pior para o carioca, derrotado no UFC 126, mas que tem neste sábado a sua chance de uma redenção e até de sonhar com uma revanche. Na Filadélfia, pelo UFC 133 (às 21h, com transmissão do canal Combate), Belfort encara o perigoso japonês Yoshihiro Akiyama, em um card que tem como luta principal outro combate de veteranos que interessa aos brasileiros.

Um dos ícones do MMA, com participações no UFC desde a 12ª edição, Belfort vinha em ascensão antes de enfrentar Anderson, com cinco vitórias seguidas e a chance de tomar o cinturão do compatriota. Agora, desceu alguns degraus na categoria médio, mas entra como favorito contra Akyama, já que o japonês perdeu para Chris Leben e Michael Bisping em seus dois últimos duelos.

“Eu estava bem demais para aquela luta. Se não acontecesse aquele chute, eu poderia ter encaixado um soco e vencido. Mas minha motivação não depende de resultado anterior. Vivo motivado e não deixo que nada me atrapalhe”, afirmou o carioca de 34 anos, relembrando o chute cinematográfico de Anderson, ensinado por Steven Seagal.

“Me preparei para esta luta como faço para todas, mas sei que será dura, intensa. Vou lutar na área que ele vier. A meta é voltar com vitória para ter a oportunidade de pegar o vencedor da luta entre Anderson e Okami (UFC 134)”, completou o peso médio, que tem 19 vitórias e oito derrotas.

Um especialista em judô e boxe, Akiyama tem um bom jogo de trocação e de quedas, mas é conhecido também pelo queixo forte.

Apesar das duas últimas derrotas, todos os seus três combates pelo UFC foram considerados “luta da noite”.

“É legal que Vitor esteja confiante, mas eu estou ainda mais de que vou nocauteá-lo”, afirmou Akiyama, que venceu 13 lutas em sua carreira profissional no MMA e perdeu só três.

“Vitor é muito bom no jiu-jítsu e também em pé. Sempre busquei inspiração nele, mas Vitor terá muito trabalho para lidar comigo. Eu dou minha vida em todas as lutas”, afirmou o japonês, que corre atrás sua primeira luta por título dentro do UFC.

TIRA-TEIMA: Após empate, Evans e Ortiz se reencontram

  • UFC/Divulgação

    Antes do segundo duelo, Rashad Evans encara Tito Ortiz em evento pré-UFC 133, nos EUA

A luta principal na Filadélfia será um encontro de ex-campeões dos meio-pesados, que quando duelaram ficaram no empate. Rashad Evans e Tito Ortiz lutaram pela primeira vez no UFC 73, em 2007, mas o combate ficou sem um vencedor. Agora, eles se encontram na mesma posição, buscando retomar o cinturão, que hoje está com Jon Jones.

Akiyama perdeu luta por conta do tsunami

  • UFC/Divulgação

    O duelo deste sábado entre Belfort e Akiyama só foi casado devido ao desastre no Japão, no início do ano. O lutador enfrentaria Nate Marquardt, mas acabou prejudicado pelo terremoto e o tsunami que ocorreram em março. “Todos os meus familiares e amigos ficaram bem, mas fiquei um mês sem treinar para poder ajudar a todos. A vida não voltou ao normal, mas todos estão se unindo para reconstruir o país”, disse, ao MMAfighting.

O detalhe é que o presidente do UFC, Dana White, já afirmou que ambos são bons candidatos a enfrentar o vencedor de Jones x Quinton “Rampage” Jackson, no UFC 135, podendo até passar Lyoto Machida e Maurício Shogun nesta "fila".

Vale lembrar que Tito Ortiz lutou há apenas um mês, voltando a vencer após cinco anos e se reabilitando no UFC.

O plantel do UFC 133 teve uma série de baixas, devido a lesão, como a do brasileiro Minotouro. No caso do “bad boy”, ele entrou no lugar de Phil Davis, que enfrentaria Evans. Lyoto Machida foi cogitado para a vaga, mas pediu uma bolsa alta demais e não entrou em acordo com Dana White, que acabou escolhendo Tito.

Completando a programação do UFC 133, mais um brasileiro além de Belfort sobe no octógono. Rafael “Sapo” Natal faz sua terceira luta no evento, sob pressão, em busca da primeira vitória. Ele encara o norte-americano Paul Bradley vindo de um revés no UFC Fight Night de setembro de 2010 e um empate no UFC 124.