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Caveira do UFC repetirá 'Tropa de Elite' e promete vitória mais bonita na volta ao Rio

Integrante do Bope de Brasília, Paulo Thiago retorna após vitória no UFC Rio, em agosto - UFC/Divulgação
Integrante do Bope de Brasília, Paulo Thiago retorna após vitória no UFC Rio, em agosto Imagem: UFC/Divulgação

Maurício Dehò

Em São Paulo

24/11/2011 06h00

Apesar de contar com estrelas como Minotauro, Shogun e Anderson Silva, o UFC Rio foi marcado também pela entrada de Paulo Thiago no octógono. O detalhe é que o brasiliense é integrante do Bope, escolheu a música tema do filme “Tropa de Elite” e ganhou o público, sendo um dos lutadores mais festejados da noite. E um “repeteco” está marcado para 14 de janeiro, na segunda edição carioca do Ultimate.

“Aquela luta foi muito marcante na minha carreira. Nunca tinha sido tão apoiado, fiquei arrepiado e emocionado com a reação da torcida”, disse Paulo Thiago, que revelou ao UOL Esporte que nos dias seguintes ao UFC Rio, acordava no meio da noite e revia as imagens de sua entrada no octógono, com a música do grupo Tihuana.

O integrante do Bope de Brasília disse que precisou fazer força ao ser apresentado, para não perder o foco no combate. No ringue, ele reverteu a série de duas derrotas no UFC e venceu por pontos David Mitchell, dos EUA.

“Eu entrei com um peso de não poder perder, arriscado de demissão. Desta vez, espero entrar mais relaxado para a luta e assim dá para conseguir uma vitória mais bonita”, disse o meio-médio, especialista em jiu-jítsu, judô e boxe.

O novo desafio no Rio será contra Mike Pyle, mais um norte-americano. O visitante tem um cartel de 21 vitórias, oito derrotas e um empate. No UFC, são sete combates, com quatro triunfos.

“O Mike Pyle é um cara tarimbado, experiente pra caramba. É um finalizador, mas luta bem em pé e é mais alto que eu. Eu já vinha me preparando, agora é só adequar meu estilo ao jogo dele e treinar com sparrings com as mesmas características e tamanho dele”, explicou o lutador.

A intenção de Paulo Thiago é conseguir uma segunda vitória seguida e embalar no UFC. Desde 2009, ele soma quatro vitórias e três derrotas no evento, mas bater um nome forte como Pyle pode começar a aproximá-lo na fila para enfrentar o campeão dos meio-médios, o canadense Georges St-Pierre.

Um fator que ajudou na recuperação do lutador foi a ajuda justamente do Bope de Brasília. Com o aumento da carga de treinos e a exigência de vencer para seguir no UFC, ele foi deslocado de função, passando a dar aulas e operar mais dentro do quartel, de modo a ter mais tempo para a preparação. “Não deixei de trabalhar, mas estou fazendo de forma a não atrapalhar os treinos”, concluiu o “Caveira”.