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Cyborg mata saudade do ringue após 18 meses de hiato, mas quer nocaute rápido

Melhor lutadora da atualidade, Cris Cyborg, tem 10 vitórias e só uma derrota no cartel - Site oficial/Divulgação
Melhor lutadora da atualidade, Cris Cyborg, tem 10 vitórias e só uma derrota no cartel Imagem: Site oficial/Divulgação

Maurício Dehò

Em São Paulo

17/12/2011 06h00

Cris Cyborg é o maior nome do MMA feminino da atualidade, mas seu status gerou problemas, devido à falta de rivais à altura. Após 18 meses de sua última luta, a paranaense entra no ringue neste sábado, para sua terceira defesa do cinturão do Strikeforce, na categoria pena. E, apesar da saudade, a brasileira não planeja prolongar em muito tempo seu retorno. Como lhe é comum, a intenção é encerrar o combate rapidamente.

“Eu fiquei todo este tempo esperando esta oportunidade. Por um lado, eu pude me dedicar mais em evoluir nos treinos. Estou preparada para os cinco rounds, mas felizmente minhas lutas não costumam durar tanto”, afirmou ao UOL Esporte a campeã. Seu combate será contra a japonesa Hiroko Yamanaka, em uma programação que tem como protagonista o campeão dos leves Gilbert Melendez contra Jorge Masvidal.

Com apenas uma derrota na carreira, em sua primeira luta no MMA, Cyborg tentará neste sábado sua 11ª vitória seguida e, se possível, o quinto nocaute consecutivo - resultado de todas as suas lutas no Strikeforce.

“Eu sempre tento acabar rápido, mas sem errar. Um combate é muito rápido, não dá para vacilar. Além disso, minha adversária é boa, tem um cartel respeitável”, elogiou Cyborg. Yamanaka tem apenas um revés em 12 combates.

  • Última luta de Cyborg não chegou a durar dois rounds: ela nocauteou Jan Finney em junho de 2010

  • Antes de Finney, a brasileira derrotou Marloes Coenen (EUA)

  • A musa Gina Carano também fez trancinhas para duelar com Cris, mas foi nocauteada no 1º round

Devido à falta de rivais em sua categoria, cogitou-se transferir Cyborg para um peso abaixo do seu, o galo. Mas a campeã espera se manter defendendo o cinturão da categoria pena, até pela dificuldade que teria de passar de 66 kg para 62 kg.

Ela conta que o novo contrato com o Strikeforce, para quatro combates, seja um indício de que ela não terá de mudar de peso.

“Acredito que, depois desta luta, 2012 será um ano muito bom e que terei mais lutas. Se houver meninas para eu enfrentar, vou me mantendo e a intenção é fazer pelo menos duas lutas ano que vem”, afirmou ela.

Cyborg já chegou a dizer que sua hegemonia no MMA feminino acaba prejudicando seu próprio trabalho, devido à modalidade ainda ter poucos nomes. Apesar disso, Cris conta com que suas vitórias sejam um atrativo para que as mulheres também se voltem ao esporte, que hoje encontra no Strikeforce seu principal evento.

Rival aposta na experiência

A japonesa Hiroko Yamanaka tem um cartel semelhante ao de Cris Cyborg, mas afirma que sua experiência pode ser uma vantagem para o desafio contra a campeã. Tratada como sensação, a lutadora vem de três vitórias pela via rápida, sendo duas por finalização e uma por nocaute.

“Tudo o que tenho em mente é lutar. Acho que a experiência que tive vai me beneficiar muito para este combate, passei por muitos bons momentos para chegar aqui”, disse ela.

A japonesa começou no MMA por sugestão de um amigo, primeiramente apenas para melhorar seu condicionamento físico. A estreia foi em 2006, um ano depois da data em que a rival brasileira começou.