Topo

MMA


Brandão sonha ser campeão ao lado de Aldo e dá receita para vencer reality do UFC

Diego Brandão aplica chave de braço para vencer o reality show The Ultimate Fighter 14 - UFC
Diego Brandão aplica chave de braço para vencer o reality show The Ultimate Fighter 14 Imagem: UFC

Maurício Dehò

Do UOL, no Rio de Janeiro

21/01/2012 06h00

Enquanto José Aldo varre a categoria e se coloca como hegemônico entre os penas do UFC, um outro lutador de Manaus está surgindo como esperança de vitórias no evento. Diego Brandão participou do reality show The Ultimate Fighter e se tornou o primeiro a ser o campeão - de quebra, ganhou um contrato com a organização. No Brasil após três anos “internado” nos Estados Unidos, o lutador comentou sua ascensão e o que espera de seu futuro.

UOL Esporte: Em entrevista antes da final do TUF, você planejava voltar ao Brasil e matar as saudades da família, depois de tanto tempo tentando construir sua carreira no MMA nos EUA. Como foi retornar?
Diego Brandão:
Esta vitória foi ótima. Eu passei três anos treinando nos Estados Unidos e depois entrei na casa, lutei e ainda tive cabeça forte para ser campeão, mesmo depois de tanto tempo longe da minha família. Como dizem, a história da minha vida mostra que eu comi o pão que o diabo amassou. Mas tudo isso me fez muito forte e casca grossa.

E qual foi a sensação de vencer o reality, sendo o primeiro brasileiro a chegar a este título?
Essa vida nos Estados Unidos, mesmo antes do reality, sempre foi uma pressão muito grande. Eu cheguei a ter só três dólares no bolso. Mas eu nunca desisti, nunca parei de correr. Parece que eu estava só aguentando tudo e, quando estourou, foi muito bom, emocionante.

Você era o único brasileiro na casa do TUF, convivendo com um monte de norte-americanos, e até se meteu em algumas discussões. Foi uma experiência complicada?
Para mim foi fácil estar lá, passei três anos longe da minha família, então passar três semanas com os gringos foi tranquilo. Eles só não tinham noção do perigo de vir tirar onda. Comigo não pode, eu levo a sério. Estava lá para competir, não para ficar de bobeira fazendo amizade.

Já há planos para o futuro? Você pretende manter este jeito agressivo para chegar ao cinturão?
Eu estou esperando os caras me ligarem em breve, porque já estou “brabo”. Tenho que treinar e lutar. E meu estilo é assim porque sou fã do Wanderlei Silva. Os caras falam que ele já devia ter parado, mas precisam respeitar. Quero ser como ele, só vou parar quando estiver muito velho. Quanto ao cinturão, isso é uma coisa séria, é uma briga para chegar lá. Vou devagar.

Hoje em dia o seu conterrâneo José Aldo é o detentor do título. Como você vê isso?
Então, nós temos o Aldo, que também é de Manaus, como campeão, e quero que ele segure esse cinturão por um bom tempo. Mas o pessoal de lá não quer ver a gente lutando. Tomara que num futuro ele suba para os leves, como já falou, e aí poderemos ser campeões cada um em sua categoria.

Por fim, Diego, o que você diria a quem vai participar da primeira edição brasileira do The Ultimate Fighter?
A dica que dou para os caras é ser você mesmo. Tem que representar mesmo, lutar e amassar todo mundo. Tem que ir com tudo, porque o passaporte para o UFC é só para o campeão.