Lutador tem licença cassada após polêmica com nazismo e abuso sexual
Desconhecido do grande público, o lutador norte-americano Brandon Saling causou polêmica após sua derrota no último fim de semana, pelo Strikeforce, quando foi descoberto um passado com uma acusação de abuso sexual e tatuagens nazistas. O evento afirma que ele escondeu seu histórico e, após tudo vir a público, ele teve sua licença cassada por comissões atléticas dos EUA.
Saling, de 26 anos, entrou no ringue do Strikeforce pela primeira vez no sábado e foi nocauteado por Roger Bowling, no segundo assalto. Ele levantou dúvidas quando os organizadores perceberam tatuagens nazistas. Depois do evento, o presidente do Strikeforce afirmou que seria lançada uma investigação.
“As políticas do Strikeforce e do UFC não permitem que lutadores tenham artes corporais ofensivas”, esclareceu Scott Coker.
Dana White foi mais enfático e afirmou que o norte-americano "nunca mais lutará em eventos da Zuffa", empresa que controla o UFC e o Strikeforce.
Saling, adicionou Coker, tem em sua ficha criminal um registro de abuso sexual e, por ter escondido isso em seus formulários de entrada nos últimos eventos que participou, teve a licença cassada pelas comissões de Ohio e de Nova Jersey. Ele exibiu tatuagens que levantaram suspeitas de apologia ao nazismo como o número “88” tatuado no ombro esquerdo, que segundo os investigadores é uma alusão à saudação “Heil Hitler”, já que a letra H é a oitava no alfabeto.
O norte-americano lutou no Bellator, onde perdeu, e no NAAFS, evento baseado em Ohio. Neste venceu duas vezes seguidas e, com isso, acabou recebendo o convite do Strikeforce. Dirigente do NAAFS, Greg Kalikas afirmou ao MMA Weekly que não conhecia o histórico problemático.
“Fiquei surpreso como todos. Vi ele se relacionando com lutadores e fãs e nunca poderia imaginar algo assim”, afirmou. Kalikas admitiu que as organizações, assim como as comissões atléticas, falharam em analisar corretamente o lutador.
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