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Quarteto liderado por Maldonado tenta findar maior jejum brasileiro em 8 anos no UFC

Fábio Maldonado estreou no UFC 120, com vitória sobre James McSweeney em Londres - Getty Images
Fábio Maldonado estreou no UFC 120, com vitória sobre James McSweeney em Londres Imagem: Getty Images

Maurício Dehò

Do UOL, em São Paulo

15/05/2012 06h00

Detentor de três cinturões do UFC atualmente, o Brasil enfrenta um jejum incômodo no UFC. Nesta terça-feira, completam-se exatos três meses da última vitória verde-amarela no octógono da organização. No entanto, um quarteto liderado pelo meio-pesado Fabio Maldonado entrará em ação na cidade norte-americana de Fairfax para colocar o país novamente no trilho das vitórias.

A maré ruim para os brasileiros foi iniciada após o triunfo de Ronny Markes no dia 15 de fevereiro. Desde então, seis lutadores do país entraram no octógono, mas nenhum dele teve seu braço levantado: Thiago Alves, Diego Nunes, Paulo Thiago, Thiago Silva, John Lineker e Toquinho. Nesta terça, além de Maldonado o Brasil terá Johnny Eduardo abrindo a noite, Rafael dos Anjos e Carlo Prater. Dustin Poirier e o “Zumbi Coreano” Chan Sung Jung são os protagonistas do UFC on Fuel TV 3, às 18h30.

Maldonado supera lesões e combate ansiedade na volta após 11 meses

  • Divulgação

    Após uma lesão nas costas e uma fratura na costela, como você está para este combate?
    Maldonado:
    É claro que a ansiedade é grande depois de tanto tempo, mas estou me sentindo bem e treinei direito para esta luta. Agora é apostar na minha trocação e pau no gato (risos). O ruim é que já era para eu estar com quatro lutas no UFC. Foi muito difícil, principalmente por não lutar no Brasil em janeiro.

    Seu rival é especialista em boxe e wrestling. O que você espera da luta?
    Ele deve querer me botar para baixo. Eu vou apostar no meu boxe, mas o que mais treinei para esta luta foi o chão, trabalhei muito o jiu-jítsu com caras como o Minotauro na Team Nogueira. Depois da minha última luta (derrota por pontos para Kyle Kingsbury), decidi que não quero deixar mais minhas lutas terminarem na mão dos árbitros laterais.

Um jejum tão intenso não pesa contra o país inventor do UFC desde 2004 – Rorion Gracie criou a competição, em 1993. Na ocasião, Vitor Belfort se tornou campeão dos meio-pesados no UFC 46, em janeiro deste ano, e o próximo resultado positivo aconteceu apenas em abril de 2005, no UFC 52. Foram cinco derrotas, e então Renato “Babalu” Sobral encerrou o hiato de vitórias. Vale lembrar que na época a frequência de eventos era menor que a atual.

Fabio Maldonado, único brasileiro no card principal, acredita que a “coincidência” de reveses seguidos acaba nesta noite. Ele enfrenta o croata Igor Pokrajac, que vem de duas vitórias seguidas.

“Desta vez vamos trazer a vitória brasileira, para tirar essa urucubaca”, brincou o meio-pesado, que vem de derrota em seu último combate e retorna de seguidas lesões em busca de um nocaute. “Aprendi no meu último combate e vou fazer de tudo para minhas lutas não serem mais decididas pelos árbitros laterais.”

Além de Maldonado, que perdeu para Kyle Kingsbury em sua última luta, os outros três brasileiros não vem de bons resultados. O único com vitória no cartel em seu mais recente compromisso é o peso leve Carlo Prater, mas devido à desqualificação do rival Erick Silva no UFC Rio 2, em janeiro, por golpes ilegais. Prater pega TJ Grant, que vem de um triunfo.

O peso galo Johnny Eduardo vai abrir a noite brasileira e terá a primeira chance de encerrar o jejum. Ele perdeu para Raphael Assunção no UFC 134, no Rio, e seu rival é Jeff Curran, que também vem de resultado negativo.

Rafael dos Anjos, que já tem quatro anos de Ultimate - quatro vitórias e quatro derrotas -, quer se recuperar do revés contra o compatriota Gleison Tibau. Na categoria leve, enfrenta o iraniano Kamal Shalorus, de 39 anos, que perdeu em seus dois últimos confrontos.

A noitada desta terça-feira marca ainda o início de uma série de importantes eventos para o Brasil. Daqui até julho, os três campeões do país colocarão seus cinturões em jogo: Júnior Cigano será desafiado por Frank Mir em 26 de maio; Anderson Silva reencontra Chael Sonnen em 7 de julho, e José Aldo pega Erik Koch no dia 21 do mesmo mês.

Após nocaute em 7 segundos, Zumbi Coreano luta de olho em Aldo

Jung Chan-Sung ficou próximo de bater o recorde de nocaute mais rápido do UFC, por instantes. Em seu último combate, precisou de 7s para bater Mark Hominick. Agora, o Zumbi Coreano enfrenta Dustin Poirier (EUA). Ambos têm o campeão dos penas José Aldo na mira. Uma vitória pode colocar um deles em primeiro na fila – Aldo pega Erik Koch em julho. Enquanto o coreano tem duas vitórias seguidas no UFC desde sua estreia no evento, Poirier ostenta uma série maior de triunfos: são cinco, sendo os quatro últimos pelo Ultimate.