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Premiado por finalização, Do Bronx diz ter novas cartas na manga e luta mirando Aldo

Charles do Bronx venceu o último combate com uma rara - e bela - chave de panturrilha Imagem: UFC/Divulgação

Maurício Dehò

Do UOL, em São Paulo

01/06/2012 06h00

O paulista Charles “do Bronx” Oliveira chegou ao UFC cotado como revelação, em 2010, mas logo caiu do cavalo devido a uma série de combates sem vitória. 2012 marcou um recomeço para o lutador de apenas 22 anos. Estreante na categoria pena, ele venceu com uma rara finalização em janeiro e neste sábado volta ao octógono em busca do sonho de chegar ao cinturão, hoje em posse do ídolo José Aldo.

Nesta sexta, Charles participa do TUF Finale (18h45, de Brasília), a decisão da temporada norte-americana do reality show The Ultimate Fighter, enfrentando Jonathan Brookins. Além do duelo entre os “confinados” Mike Chiesa e Al Iaquinta, que brigam pelo título e um contrato com o UFC, o evento tem como principal luta Jake Ellenberger  x Martin Kampmann na categoria meio-médio.

Esta será a segunda luta de Charles como peso pena, e ele quer manter a imagem deixada em seu último triunfo. Em janeiro, ele finalizou Eric Wisely com uma chave de panturrilha, movimento poucas vezes executado no MMA e que mostrou a força de seu jiu-jítsu.

“Aquele golpe surgiu. Fiz uma estratégia boa contra o Eric. Quando vacilou, botei para baixo, tentei a chave de calcanhar e ele girou. Quando vi, surgiu a oportunidade de fechar aquela chave de panturrilha”, afirma Charles. O lutador natural do Guarujá promete mais em seus próximos combates.

“Sempre é bom ter algumas cartas na manga, né? Meu jiu-jítsu é o que a gente chama de arroz com feijão. Eu só quero vencer, pode ser só com um mata-leão. Mas se surgirem oportunidades, outras finalizações como essa podem aparecer”, adiciona.

Charles quer usar as boas vitórias e os prêmios - ele ganhou finalização da noite pela chave de panturrilha - para chamar a atenção e se colocar no caminho pelo cinturão. Curiosamente, o atual campeão é um de seus ídolos, José Aldo. Em entrevista ao PVT, ele já contou ter pôsteres do peso pena em seu quarto. Mas isso não é um problema, para o lutador.

“Quando você entra em um evento, sempre se imagina lutando contra um campeão. Eu respeito muito o Aldo, mas tenho meus objetivos”, disse o paulista. “Claro que penso se um dia vou ter que lutar com ele, fico imaginando o que aconteceria. Seria uma luta contra um cara que sou fã demais, mas apesar de sermos dois brasileiros, eu quero mostrar o meu trabalho.”

Novo peso

Para o brasileiro, a oportunidade de descer de categoria foi um ganho em sua carreira. Como peso leve, ele não conseguia usar toda sua velocidade. Ele tem uma pegada forte e é maior que boa parte dos rivais, com 1,78 m.

“Eu me senti mais leve, foi muito bom para mim, já que sempre gostei de lutar com agilidade. A única dificuldade, claro, é bater o peso, mas na hora da luta a velocidade aumenta bastante e os combates nos penas são menos truncados”, explica ele, que agora perde dez quilos em uma semana para seus combates.

Para este compromisso, Charles se diz pronto para lutar em pé ou no chão, mas espera que o vencedor do TUF 12 Brookins tente as quedas e o ground and pound. Ele lembra, no entanto, que o solo é uma das especialidades, o que pode facilitar uma finalização caso o norte-americano opte por este caminho. O norte-americano de 26 anos tem duas vitórias e uma derrota no UFC, totalizando em sua carreira no MMA 13 triunfos e quatro reveses.

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