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Revelação ignora polêmica no Rio e busca novo nocaute veloz em UFC com tira-teima

Erick Silva foi punido por golpes na nuca de seu rival no UFC 142, no Rio de Janeiro - UFC/Divulgação
Erick Silva foi punido por golpes na nuca de seu rival no UFC 142, no Rio de Janeiro Imagem: UFC/Divulgação

Do UOL, em São Paulo*

08/06/2012 06h00

O capixaba Erick Silva teve um início de carreira fulminante dentro do UFC. Somadas suas duas lutas, ele deixou dois rivais na lona em apenas 69 segundos de combate. No entanto, seu cartel ficou marcado por uma derrota no compromisso mais recente. Em janeiro, pelo UFC 142, no Rio, o que poderia ter sido um nocaute se transformou em uma desqualificação por golpes ilegais. Mesmo com esta mancha, ele ignorou a polêmica e volta a lutar nesta sexta, nos Estados Unidos, tentando manter sua sequência veloz.

Erick fará a luta co-principal do UFC on FX 3, nesta sexta-feira (18h de Brasília), em Sunrise (EUA), sua primeira pela organização fora do Brasil, já que esteve nas duas edições disputadas no Rio de Janeiro.

Mais três brasileiros competem, e os protagonistas serão os norte-americanos Demetrious Johnson e Ian McCall, pesos moscas que terão um tira-teima para ir à final do GP da nova categoria, após um confuso empate em março.

Árbitro relembra polêmica com Erick

  • Passados meses do incidente com o Erick Silva, como você vê toda aquela situação?
    Mario Yamasaki:
    É um assunto que passou, fogueira sem lenha apaga. Eu não quis entrar nessa turbulência que se empurrou depois da luta, porque tenho argumento. Se você ler a regra, vai saber que não houve erro.

    Como foi sua avaliação ali, no calor da luta?
    Não creio que os golpes foram intencionais, pelo calor da luta, mas ele bateu quatro ou cinco vezes na nuca, o que acaba se qualificando como intencional e gerou a desqualificação.

    Dana White e o UFC contestaram sua decisão. Como ficou o clima entre vocês?
    A relação é normal. Eu arbitrei todas as lutas do TUF Brasil, então não houve problemas. Mesmo que tivesse errado, é algo humano, estou na profissão há 15 anos e nunca errei.

A grande polêmica com Erick Silva no duelo com Carlo Prater foi que o árbitro Mário Yamasaki considerou que o capixaba deu uma série de golpes ilegais na nuca do rival, e por isso acabou o desqualificando.

“Eu fiquei muito desapontado. Mas mesmo que tenha discordado da decisão, também entendo Yamasaki - ele achou que estava tomando a decisão correta. Mas não penso mais nisso, só quero saber do meu próximo combate”, afirmou o brasileiro, que encara Charlie Brenneman, dos Estados Unidos. O rival tem quatro vitórias e duas derrotas em seis combates pelo UFC.

O meio-médio ficou conhecido também por ser um dos pupilos de Anderson Silva, e teve ajuda do mestre para o combate.

“Treinei muito e estou confiante. Trabalhei com lutadores experientes contra lutadores vindos do wrestling (luta olímpica) como Rafael Feijão, Anderson Silva e Ronaldo Jacaré. Ouvi muitos conselhos bons deles”, explicou.

“Quero manter a luta em pé e buscar o nocaute. Podem ter certeza que estou cem por cento e podem esperar que vai ser mais uma luta rápida. Vou entrar focado, determinado e muito agressivo", concluiu Erick Silva, nascido em Vila Velha mas hoje morando no Rio de Janeiro para realizar os seus treinos rumo ao sonho do cinturão no Ultimate Fighting Championship.

Luta principal: revanche após erro em resultado

No último mês de março, o UFC viveu um de seus episódios mais embaraçosos: um combate foi anunciado como vitória para um de seus lutadores, quando na verdade o que ocorreu foi um empate. O maior prejudicado foi Demetrious Johnson, que perdeu o "triunfo” nos vestiários após enfrentar Ian McCall no UFC on FX de Lemoore (EUA).

Um dos detalhes que pesou nesta momento vergonhoso foi que o combate valia como semifinal do GP da recém-criada categoria dos moscas, para lutadores de até 56,7 kg. Agora, eles voltam a se enfrentar para ver quem fará a final pelo primeiro título do peso, contra Joseph Benavidez.

O evento desta sexta-feira ainda vai contar com mais três brasileiros. O melhor posicionado está na última luta do card preliminar: Carlos Eduardo Rocha, o Tá Danado. Ele enfrenta Mike Pierce na categoria meio-médio, quase um ano e meio depois da sua última luta, com derrota para Jake Ellenberger.

O meio-pesado Caio Magalhães, que se machucou na época do UFC Rio 2, finalmente poderá estrear no evento. Invicto em cinco combates, ele enfrenta Buddy Roberts, lutador da casa. Já o leve Bernardo “Trekko” Magalhães tenta se recuperar do revés para Tim Means, em duelo com o norte-americano Henry Martinez.

*Com reportagem de Maurício Dehò

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